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emissões de co2
2009-01-15

As emissões de dióxido de carbono do transporte de carga nas estradas européias aumentarão mais de 50% nas próximas duas décadas, alerta a empresa de consultoria holandesa CE Delft. Se não houver nenhuma melhora em matéria de eficiência energética dos caminhões de longa distância, e com o volume de transporte rodoviário em crescimento, o setor poderá por em risco os objetivos da União Européia sobre redução de emissões, diz o informe. O documento da CE Delft estabelece que, a menos que sejam adotadas medidas para reduzir o consumo de combustível e impulsionar a eficiência energética dos veículos, as emissões pelos caminhões aumentarão 55% até 2030, em relação a 2005.

Os caminhões representam hoje 23% de todo o dióxido de carbono liberado na atmosfera em conseqüência do transporte rodoviário da UE. As caminhonetes representam cerca de 8% adicionais. O transporte de longa distancia também tem uma sede insaciável por combustível: consome 500 milhões de barris ao ano de petróleo ao custo de 60 bilhões de euros (cerca de US$ 80 bilhões). Há dois anos, os governos da UE decidiram reduzir em um quinto as emissões do bloco até 2020, em relação a 1990, mas a contribuição do transporte rodoviário de carga na mudança climática não foi plenamente considerada em suas equações.

O informe apresentado esta semana também conclui que, embora os caminhões constituam apenas 3% dos veículos que circulam pelas estradas, respondem por 20% de seus engarrafamentos. Uma lei da UE de 1990 proíbe seus governos de gravar veículos que pesem mais de 12 toneladas por custos que os políticos consideram “externos”. Tais custos incluem os vinculados à contaminação, congestionamento, ruído e acidentes nas estradas, embora, considerados por quilômetro percorrido, os caminhões sejam responsáveis pelo dobro de fatalidades em relação aos automóveis. Em 2006, os acidentes rodoviários causados por caminhões fizeram 6.500 vítimas fatais na UE.

Em julho passado, a Comissão Européia, braço executivo do bloco, apresentou propostas para levantar parcialmente a proibição que pesava sobre os impostos. O informe será discutido pelo comitê de transporte do Parlamento Europeu no final deste mês. O europarlamentar belga Saïd El Khadraoui, encarregado de preparar a resposta do corpo legislativo ao informe, afirmou que se deveria permitir aos governos da UE cobrar taxas sobre o custo ambiental do transporte rodoviário.

“A verdade inconveniente é que precisamos readaptar o mais rápido possível as condições para uma política de transporte mais eficiente e sustentável”, disse Khadraoui, reconhecendo que as circunstâncias para introduzir esses tributos está longe de ser ideal em um momento de crise econômica. Porém, o europarlamentar propõe que não se determine no momento esses impostos com base nos acidentes rodoviários, porque os programas de seguros para caminhões variam consideravelmente entre os diferentes países da UE. Por outro lado, pediu à Comissão que apresente um informe a respeito até o final de 2010.

Huib van Essen, co-autor do estudo da CE Delft, disse que embora tenha sentido analisar as diferenças dos diversos sistemas, dessa forma se corre o risco de adiar por vários anos as medidas para reduzir o custo dos acidentes. Jos dings, da ambientalista Federação Européia sobre Transporte e Meio Ambinete, afirmou: “Os transportadores crescem enquanto causam miséria a milhões. O congestionamento, o ruído e a contaminação arruínam a vida de todos os europeus. Os governos devem manter abertas todas as opções quando abordam problemas de massa como o congestionamento. A UE deve reverter sua absurda proibição à inclusão destes custos nos pedágios para caminhões”.

A ativista Franziska Achterberg, do Greenpeace Internacional, manifestou surpresa ao saber que os caminhões não são eficientes quanto ao consumo de combustível. Por outro lado, na última década os automóveis de passageiros registraram uma melhora anual de 1,3% em sua eficiência, uma proporção que, para Achterberg, tampouco é suficiente. Segundo Van Essen, tanto os legisladores quanto a indústria automobilística deram alguns passos para estimular a eficiência. “Quanto aos caminhões, não foi dada muita ênfase política na eficiência do combustível”, afirmou. As emissões de dióxido de carbono pelos veículos pesados aumentaram cerca de 2% ao ano desde 1995.

(Por David Cronin, IPS, 14/01/2009)


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