Entrou em circulação hoje um selo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que destaca a liderança brasileira na produção de combustíveis renováveis. O selo apresenta uma figura cujo braço é uma planta, que abraça o planeta e se transforma em uma bomba fornecedora de combustível. O design do selo é dos artistas Ariadne Decker e Meik.
O programa brasileiro de combustíveis renováveis teve início em 1975, com o Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL), que incentivou a oferta de etanol produzido de cana-de-açúcar para combater os efeitos da primeira crise do petróleo. Em março de 2003, a introdução dos veículos flex alavancou a demanda doméstica pelo combustível. Em 2007, os carros flex já representavam mais de 80% das vendas de automóveis e veículos comerciais leves no País, percentual que chegou perto dos 90% em 2008.
'Crescimento econômico, avanços tecnológicos, centenas de milhares de empregos, exportações crescentes e agora, cada vez mais, a repetição em outros países do mundo do que já foi desenvolvido no Brasil, que hoje, em grande parte devido ao etanol, tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo', diz o diretor de comunicação corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Adhemar Altieri.
Enquanto a utilização média de fontes renováveis de energia no mundo não passa de 13%, na matriz energética brasileira esse percentual é de 46%, e em 2008 o Brasil registrou um resultado inusitado e noticiado mundialmente: o uso de um volume de etanol superior ao de gasolina.
Apesar da produção e do uso crescente do etanol no País e da geração de excedentes para exportação, o setor sucroenergético brasileiro utiliza apenas 1% das terras aráveis brasileiras para o cultivo de cana dedicada à produção de etanol.
(InvestNews, Jornal do Brasil Online, 13/01/2009)