Vários cientistas discutiram na segunda-feira (12) no Museu Nacional Smithsoniano de História Nacional de Washington as taxas de extinção de espécies nas florestas tropicais em vista da nova notícia que demonstra a recuperação de áreas até há pouco devastadas.
Dados fornecidos por satélites e outras fontes de informação revelaram que grandes áreas de florestas tropicais que tinham sido desmatadas para uso em explorações florestais ou agrícolas estão se recuperando a um ritmo mais rápido que o previsto.
Segundo os últimos dados disponíveis pelos cientistas, em regiões que tinham sido exploradas comercialmente e que foram abandonadas, a cobertura florestal se fecha em só 15 anos, e em 20 anos volta a haver aproximadamente a metade do peso da biomassa original.
Estes dados provocaram um acalorado debate na comunidade científica sobre se o alarme em relação à exploração das florestas florestais é justificado.
Alguns investigadores, liderados por Joseph Wright, do Instituto de Pesquisa Tropical Smithsoniano do Panamá, consideram que o processo de recuperação não foi levado em conta de forma apropriada para estimar a futura perda de espécies. Para ele, a crise da biodiversidade foi exagerada.
No entanto, William Laurance, o principal crítico das teorias de Wright e participante do simpósio do Smithsoniano, afirmou à Agência Efe que, embora a floresta tropical possa se recuperar, a nova cobertura vegetal tem uma qualidade pior - e uma menor diversidade de espécies - que a floresta mais antiga. Os dois pesquisadores, no entanto, concordam com que a mudança climática é uma grave ameaça para a sobrevivência das florestas tropicais e que é preciso fazer mais para minimizar seu impacto.
(Yahoo!, AmbienteBrasil, 13/01/2009)