A briga entre quem defende os plásticos oxi-biodegradáveis (que se decomporiam no meio ambiente em pouco tempo) e os que não acreditam nisso é constante. E parece estar longe de ter um fim. Esse tipo de plástico é usado em sacolinhas de compras de alguns supermercados e lojas. Depois da publicação do post “Isso já foi um plástico” aqui no Blog, o Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) se manifestou para defender sua posição.
O instituto, ligado aos fabricantes de sacolas plásticas, acredita que esse tipo de plástico não sofre a decomposição que seu nome indica, mas apenas se divide em pequenos fragmentos, como um pó. Existem estudos de vários países que apontam que o plástico oxi-biodegradável não se decompôs no tempo determinado e que por isso não seria verdadeira a sua denominação de “biodegradáveis”. Do outro lado da briga está a empresa que fabrica o aditivo que provocaria a decomposição. Ela afirma que têm em sua defesa estudos provando a eficácia do aditivo.
O Instituto Plastivida alega que além da mentira que envolve o nome dado ao plástico, ele se torna uma espécie de pó. Segundo um documento do instituto, esse pó “facilmente irá parar nos córregos, rios, represas, lagos e mares. Isso significa que nossa geração poderá beber involuntariamente o plástico oxi-degradável misturado à água. E mais: os fragmentos poderão ser ingeridos por animais silvestres, pássaros e peixes, causando danos ambientais e econômicos, com consequências imprevisíveis”.
O instituto alerta também que o aditivo usado nesses plásticos atrapalha a reciclagem das sacolas. “[as sacolas plásticas com aditivos] Prejudicam as propriedades mecânicas dos produtos reciclados quando misturadas com as sacolas plásticas convencionais (sem aditivos), pois reduzirão sua resistência, tornando-as mais frágeis e, consequentemente, aumentando seu consumo”.
(Por Thaís Ferreira,
Blog do Planeta, 12/01/2009)