Chega a 2,7 mil o número de prédios com danos na área urbana do município de Salto do Jacuí em consequência do temporal da última quinta-feira. O prefeito Ilton Larri Costa prevê que a recuperação dos prédios levará no mínimo 15 dias. Duzentas pessoas estão desabrigadas. Na área rural, a Emater/RS levará mais dois dias para contabilizar os prejuízos. Conforme Costa, as áreas atingidas petencem aos distritos de Passo Real e Júlio Borges, onde predomina o cultivo de soja. Também houve danos nas culturas de feijão, fumo, hortigranjeiros e parreirais.
Com o retorno da energia nas primeiras horas da manhã de ontem (09/01), os atingidos iniciaram os reparos de telhados quebrados pelo granizo ou arrancados pelo vento. Contudo, a partir das 16h, voltou a chover e a previsão é de mais chuvas este final de semana. O temporal foi considerado pela população como o pior dos últimos 26 anos.
Diante da falta de luz, muitos comerciantes, com medo de saques, permaneceram em frente dos seus estabelecimentos durante a noite. O prefeito decretou situação de emergência, estimando que o temporal tenha deixado entre 6 e 7 mil pessoas com residências danificadas. Até a tarde de ontem, havia o registro de 20 pessoas com ferimentos causados por estilhaços de vidro ou cacos de telhas.
Longas filas se formaram na manhã de ontem no parque de máquinas municipal. As pessoas buscavam lonas e telhas de amianto com receio de que a chuva voltasse. A prefeitura contou com a ajuda da Polícia Civil e dos bombeiros de Cruz Alta no auxílio aos desabrigados.
Na manhã de ontem, o prefeito lançou a campanha SOS Salto do Jacuí.
As contribuições poderão ser feitas em dinheiro e em mantimentos pelos telefones (55) 3327-1400, (51) 3747-1122 e (51) 3742-1098. O que for arrecadado será destinado às famílias desabrigadas e também para a reconstrução da cidade. A Associação dos Municípios do Centro-Serra (Amcserra) está mobilizada para auxiliar Salto do Jacuí. Arroio do Tigre e Sobradinho enviaram profissionais para atuar no reparo das casas, entre outras medidas.
(Correio do Povo, 10/01/2009)