Mais um caso de morte por uma provável contaminação de amianto foi registrado na última quarta-feira (07/01), em São José dos Campos (SP). Este é o terceiro em menos de dois anos. As três vítimas foram funcionárias da Avibras. O Ministério de Trabalho quer agora que a empresa comunique a Previdência Social sobre o que considera um acidente de trabalho.
A primeira morte foi em abril de 2007. Silvane Dias Barros lutava contra um câncer havia dois anos. Em abril de 2008, outra vítima. Nivaldo Guimarães da Silva chegou a passar por uma cirurgia depois de descobrir um câncer que teria sido provocado pela inalação do amianto. Depois do procedimento, ele passou a conviver com limitações físicas.
Na última quarta(07/01), Donizete Gomes de Oliveira, de 52 anos, foi enterrado no cemitério do Centro de São José dos Campos. Uma auditora do Ministério do Trabalho, que acompanhou os três casos, disse que o uso do amianto está proibido por lei, em todo o Estado de São Paulo, desde junho do ano passado. "Nós estamos agora enterrando uma vítima que teve uma exposição de quase 20 anos atrás. Quer dizer, quando mais tempo levar pra se adotarem medidas que ponham fim ao uso do amianto, nós continuaremos tendo essas mortes", explica Fernanda Giannasi, auditora do Ministério do Trabaho.
O amianto é uma matéria-prima retirada de rochas. A auditora informou que há suspeitas de que ainda existam peças que foram produzidas com amianto, dentro da Avibras, e que o melhor destino para elas seria o lixo de materiais considerados perigosos.
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(VNews, 08/01/2009)