Prefeitura e Celesc desembolsarão R$ 5 milhões para obras que incluem reforma do trapiche e da cicloviaPrincipal avenida de Florianópolis, a Beira-Mar Norte começará a ser revitalizada nos próximos 60 dias. Estão previstos R$ 5 milhões em projetos para melhorias da via e para a ligação de cabos subterrâneos de alta tensão da Ponte Hercílio Luz à nova subestação da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), que será construída próximo à Casa D’Agronômica. Os recursos e as ações são da prefeitura e Celesc.
Mesmo antes de iniciados os trabalhos, a obra já causou polêmica entre vereadores que discordam do seu caráter de prioridade.
O calçadão e a ciclovia serão afetados diretamente com a passagem dos cabos subterrâneos de alto tensão em direção à futura subestação da Celesc, no Bairro Agronômica, que promete melhorar a distribuição de energia na Ilha. A Secretaria de Obras aproveitará para ampliar o calçadão para quatro metros de largura e dará novo piso à ciclovia.
O plano é refazer os maciços de pedras e os bolsões. Outra promessa é reformar o trapiche, plantar mais árvores, instalar novos bancos, decks de madeiras e mais lixeiras.
– A intenção do prefeito é fazer da Beira-Mar uma bulevar, torná-la muito mais nobre, trazer mais conforto e lazer – disse o secretário de Obras, Carlos Schwabe.
Vereadores sugerem outras prioridades
Ao ser indagado sobre a prioridade da obra e o custo, Schwabe afirmou que todos os investimentos são necessários, assim como o saneamento básico nos bairros, e que grande parte dos recursos é da Celesc. Schwabe não informou quanto a prefeitura irá desembolsar.
Segundo os vereadores João Aurélio Valente e João Amin, ambos do PP, o projeto de revitalização não passou pela Câmara de Vereadores. João Aurélio afirmou que a obra é eleitoreira e vê outras prioridades, como amenizar problemas de trânsito na Ilha e nas pontes, além de saneamento básico nos bairros.
João Amin sugere como ação prioritária a aplicação desses recursos na abertura de 3 mil novas vagas em creches, na atenção das 65 áreas pobres da Capital e no saneamento.
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DIário Catarinense, 09/01/2009)