O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, rebateu afirmações feitas por João Paulo Capobianco, secretário-executivo na gestão de sua antecessora, Marina Silva, segundo as quais ele, Minc, faz uma gestão "excessivamente personalista". "Capobianco era fortíssimo no ministério. Embora tenha vindo do movimento SOS Mata Atlântica, não conseguiu aprovar o decreto sobre a mata; não dialogou nem interna nem externamente, não falou com o Congresso nem com o setor produtivo", disse Minc.
A entrevista de Capobianco foi publicada no dia 2 pelo O Estado de S. Paulo. Nela, o secretário executivo de Marina Silva afirmou que Minc foi derrotado no acordo para que a emissão de enxofre do diesel caia de 500 partículas por milhão para 50 (S-50), e tenta dizer que foi vitorioso. Minc discordou totalmente. "O Capobianco ficou cinco anos e meio no ministério e não conseguiu fazer nada para melhorar o diesel. Eu, com sete meses, fiz o acordo. Agora mesmo, nas capitais, ônibus e caminhões andam com o diesel S-50. E, em 2012, baixaremos para o diesel com 10 partículas, o S-10. Ganhamos etapas".
"Eu faço exatamente o contrário do que fez o Capobianco, que não dialogava com ninguém. A intransigência dele acabou por isolar a ministra Marina. Minha gestão é de diálogo. Para dentro do ministério, com o Executivo, com outras áreas do governo e com o Congresso." Para Minc, na gestão de Capobianco faltou isso. "Acabou por criar uma guerra entre o Ibama e o Instituto Chico Mendes, que só agora estamos resolvendo. Essa guerra fez com que o Ibama ficasse cinco meses em greve."
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Estadão Online, 08/01/2009)