Também serão revistos os critérios de quem se enquadra na tarifa básica
Conforme o pioneiro.com anunciou com exclusividade no início da tarde, o prefeito José Ivo Sartori (PMDB) vai rever o aumento de 116% na tarifa mínima de água, decretado no último dia útil de dezembro pelo vice-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) e que passaria a valer no próximo dia 1º de fevereiro. A tarifa básica passaria de R$ 10,60 para R$ 22,90.
Também serão revistos os critérios de quem se enquadra na tarifa básica (pelo decreto seria atingido quem consumisse até 10 mil litros por mês) e a tarifa social de R$ 11,50 para clientes inscritos em programas sociais do governo, anunciada na última terça-feira.
Depois de várias negativas durante o dia, o recuo do prefeito foi confirmado no início da noite de ontem pelo diretor do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae), Marcus Vinicius Caberlon. Ele se reuniu ontem à tarde por duas vezes com Sartori e com o chefe de gabinete, Edson Néspolo.
A decisão foi tomada em decorrência da forte rejeição dos cidadãos caxienses e até mesmo de parte da base aliada do prefeito na Câmara de Vereadores ao aumento. Também foi determinante a decisão da promotora de Justiça Janaina De Carli dos Santos, do Ministério Público (MP), de abrir um inquérito para investir o porquê dos 116%.
A semana que vem será decisiva para o reajuste das tarifas do Samae. Sartori tem até segunda-feira para enviar planilhas de custos ao MP justificando a necessidade de aumento. Dois dias depois, na quarta-feira, vence o prazo dado pelo prefeito ao diretor do Samae para apresentar-lhe uma nova proposta de reajuste e de política tarifária de água.
Há duas tendências: a de Sartori revogar o aumento de 116% e a tarifa social e de o Samae reduzir investimentos previstos para 2009 na manutenção e ampliação de redes de distribuição. Para esse fim, estão orçados cerca de R$ 3 milhões.
(Pioneiro, 08/01/2009)