A confirmação da primeira morte por febre amarela no Rio Grande do Sul desde 1966 e o registro de outro óbito, cuja causa ainda depende de exames para confirmar ou não a suspeita dos médicos, mudaram o mapa das áreas de bloqueio contra a doença no Estado. A imunização passa a abranger a população de mais 12 municípios, além dos 87 até agora incluídos na zona de risco. O governo estadual recebe hoje um reforço de 500 mil doses de vacinas. O secretário da Saúde, Osmar Terra, alerta para a necessidade de toda a população incluída na área de risco ser vacinada, bem como as pessoas que viajarão para essas cidades ou para as regiões Norte e Centro-Oeste do país. 'A vacina deve ser tomada dez dias antes da viagem. É o tempo necessário para que ela faça efeito no organismo', explicou. Terra esclareceu que não há necessidade de imunização do restante da população, pois a vacina tem efeitos colaterais, como dores na cabeça e no corpo.
As autoridades sanitárias receberam novos relatos sobre aparecimento de bugios mortos em municípios como Júlio de Castilhos e Salto do Jacuí. O primata é hospedeiro do vírus da doença. Este é transmitido aos seres humanos pelas fêmeas dos mosquitos haemagogus e sabethes, que vivem nas matas e não migram para as áreas urbanas. Não ocorre contaminação direta entre pessoas.
A primeira vítima da febre amarela no Rio Grande do Sul em 42 anos é uma moradora da cidade de Santo Ângelo que faleceu no dia dia 25 de dezembro. Na última terça-feira, morreu em Porto Alegre, sob suspeita de ter contraído a doença, um homem de 28 anos, residente no município de Nova Santa Rita que esteve em um dos municípios considerados área de risco.
(CP, 08/01/2009)