Fogo em toras de madeira começou às 20h30min e só foi controlado no fim da madrugada
Uma área de plantio da Aracruz Celulose, às margens da BR-290, na altura do km 170, em Butiá, foi atingido por um incêndio que começou por volta das 20h30min de segunda e continou durante a madrugada. Conforme a empresa, por volta da 1h, cerca de 76 mil toras de madeira — o equivalente a 1,5 mil toneladas — já haviam sido consumidas pelo fogo. O clarão das chamas e a fumaça podiam ser vistos a quilômetros de distância do local. O fogo só foi controlado no fim da madrugada. O trabalho de rescaldo dos bombeiros deve se estender pela manhã desta terça.
Como a área atingida situa-se próxima à rodovia, a Polícia Rodoviária Federal chegou a bloquear o trânsito de caminhões transportando combustíveis e outros produtos inflamáveis naquele trecho da estrada, por volta das 23h. Às 4h15min, o tráfego foi liberado.
Um caminhão do Corpo de Bombeiros de São Jerônimo, auxiliado por dois caminhões pipa — um da Aracruz e outro de uma empresa da mineradora Fagundes — combateram o fogo no começo da madrugada. Retroescavadeiras também foram usadas para afastar as demais toras dos focos de incêndio e para abafar o fogo com terra. Até a chegada de reforços de Guaíba e Eldorado, a maior parte das pessoas que trabalharamm no combate ao fogo eram brigadistas da Aracruz e da mineradora.
O incêndio foi concentrado em quatro focos distintos nos local onde as toras estavam empilhadas. Dois focos estavam distantes pelo menos cem metros um do outro, e não havia sinal de fogo entre ambos. Por essa razão, e pelo fato de a área ser cercada, o consultor produção de madeira da Aracruz, Enio Paiva Simões Pires, disse acreditar que o incêndio poderia ser criminoso. A suspeita não foi confirmada pela Polícia Civil que investiga o caso.
As toras de eucalipto atingidas pelo fogo seriam enviadas para a fábrica de produção de celulose da Aracruz em Guaíba. Conforme Pires, cada metro cúbico da madeira é avaliado em US$ 20. Como as toras consumidas pelo fogo equivalem a 2 mil metros cúbicos, o prejuízo da empresa com o fogo é estimado preliminarmente em US$ 40 mil.
(Por Gustavo Azevedo, ZH, 06/01/2009)