Um incêndio que se iniciou por volta de 20h30min desta segunda-feira (05/01) consumiu entre 2,5 mil e 3 mil metros cúbicos de madeira (equivalente a 80 mil toras) em área da Aracruz localizada em Butiá próximo ao quilômetro 170 da BR 290.
Conforme o bombeiro Jorge Budey, da Aracruz, estavam trabalhando no local, até o início da madrugada de terça-feira (06/01), uma unidade do Corpo de Bombeiros de São Jerônimo, dois caminhões-pipa de uma terceirizada da Copelmi (mineradora) e brigadistas da própria empresa.
"Não sabemos como começou, nem a extensão. Mas a fumaça está fazendo com que haja bloqueio da BR 290, a aproximadamente cinco quilômetros da cidade de Butiá", informou Budey, por volta da meia-noite. Ele garantiu que não há moradores no entorno, nem foram registradas vítimas. Segundo informações prestadas no início da manhã por técnicos da empresa, a rodovia voltou ao fluxo normal.
O soldado Moraes, do Corpo de Bombeiros de Guaíba, cidade onde fica a planta industrial da Aracruz no Estado, informou que foram também enviados dois caminhões dessa unidade anti-incêndio ao local.
Segundo informações prestadas às 6h50min desta terça-feira (06/01) pelo técnico agrícola e consultor de produção florestal da empresa, Ênio Paiva Simões Pires, o incêndio foi totalmente debelado por volta das 5h30min desta manhã, e estão sendo feitos trabalhos de rescaldo no local. O prejuízo calculado até agora, somente com a madeira, é de 30 mil dólares.
"Não estimamos ainda o custo com o combate ao incêndio. Tivemos auxílio da empresa Fagundes, que atende a mineradora Copelmi, localizada do outro lado da rodovia, com dois caminhões-pipa, além de um caminhão do Corpo de Bombeiro de São Jerônimo e um da Aracruz, mais 30 pessoas que nos ajudaram", disse. Além as horas de trabalho dos socorristas, serão calculadas as horas gastas com máquinas e equipamentos utilizados para isolar a madeira, evitando um sinistro de maiores proporções.
O total de madeira na área, conforme o técnico, é de 60 mil metros cúbicos.
Pires acrescentou que não há risco de parada da produção por conta do ocorrido, pois existe um estoque de matéria-prima para 60 dias. De acordo com ele, o fogo começou simultaneamente em quatro pilhas de madeira que estavam prontas para serem transportadas para a fábrica. Na sua avaliação, isto pode tipificar um ato de vandalismo. Contudo, ainda não há informações concretas sobre a causa do ocorrido. A Polícia inicia nesta terça-feira (06/01) a investigação sobre as causas.
"Já tivemos outros incêndios em épocas secas. É muito difícil ter um controle total sobre a área, mesmo com vigilância. Temos guardas florestais, mas como as áreas dos hortos são muito extensas, acabam entrando pessoas, inclusive já registramos caçadores nessas áreas", acrescentou.
Pires informou ainda que a Aracruz mantém cem mil hectares de florestas plantadas em cem hortos no Estado, num total de 26 municípios.
(Cláudia Viegas, AmbienteJÁ, 06/01/2009)