O jornal do Vaticano, o "L'Osservatore Romano", afirmou neste domingo (4) em um artigo que a pílula anticoncepcional feminina tem "consequências devastadoras para o ambiente" e é uma das causas da infertilidade masculina.
No artigo do vespertino, o espanhol José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), assegura que os os contraceptivos orais podem ter efeitos abortivos e são devastadores para o ambiente, já que através da urina se liberam "toneladas de hormônios".
Além disso, a liberação desses hormônios é, segundo Castellví, uma das principais causas da infertilidade masculina no Ocidente. O artigo se intitula "Humanae vitae, uma profecia científica", em referência ao nome da encíclica (1968) de Paulo 6º, que classifica de "imoral" o uso de todos os contraceptivos, incluindo os orais, para evitar filhos".
"A pílula anticoncepcional, a mais usada no mundo industrializado, com baixas dose de estrógenos e progesterona, funciona em muitos casos com efeitos abortivo, já que pode ajudar a expulsar um pequeno embrião humano", indicou o médico.
Para o médico, o uso da pílula, considerado o método contraceptivo mais eficaz e qualificado por milhões de mulheres como uma das grandes revoluções femininas, viola "pelo menos cinco importantes direitos humanos": o direito a vida, à saúde, à educação, à informação e igualdade entre os sexos.
(Folha Online,
Ambiente Brasil, 05/01/2009)