Nos nove primeiros meses de 2008, os pesquisadores dos institutos de Botânica, Florestal e Geológico, órgãos vinculados à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, produziram um total de 389 trabalhos científicos, superando a meta de 120 publicações proposta pelo Projeto Pesquisa Ambiental, um dos 21 projetos ambientais estratégicos do governo paulista.
Os estudos foram publicados em diversos meios de comunicação científicos, como revistas, simpósios e congressos, tanto nacionais como internacionais, oferecendo base técnica para ações do governo estadual e prefeituras na formulação de políticas públicas.
Os trabalhos englobam diversas áreas do conhecimento ligadas ao meio ambiente, entras as quais fitoquímica, fauna, anatomia, qualidade da madeira, silvicultura, botânica, ecologia, educação ambiental, hidrologia e melhoramento genético.
Segundo a diretora do Instituto de Botânica, Vera Bononi, também coordenadora do Projeto Pesquisa Ambiental, a grande produtividade dos pesquisadores se deve, em grande parte, a trabalhos de longo prazo que envolveram todos os cuidados e detalhamentos que a pesquisa científica exige.
Um exemplo é o lançamento, no dia 24 de novembro pelo Instituto de Botânica e pela Fapesp, do livro Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo.
A publicação, que contém dados biológicos consistentes sobre fragmentos de vegetação natural remanescente, enfocando as condições da fauna e da flora, apresenta e discute os 27 mapas temáticos e os três mapas-síntese elaborados durante uma série de workshops que reuniu, no decorrer de 18 meses, cerca de 160 biólogos, agrônomos, engenheiros florestais e outros especialistas.
Os mapas permitem a definição de estratégias para a conservação da biodiversidade remanescente no território paulista e para a restauração dos corredores ecológicos interligando os fragmentos naturais na paisagem.
A obra é um dos resultados do Projeto Biota-Fapesp, iniciado em 1999 e que envolve pesquisadores de várias instituições. Os dados sobre os remanescentes vegetais motivaram a elaboração de resoluções da Secretaria do Meio Ambiente como, por exemplo, a que estabelece o zoneamento agroambiental, organizando a expansão das atividades sucroalcooleiras.
Outro trabalho de impacto que integra a lista de publicações de 2008 é Estudos climáticos voltados à compreensão das inundações em Jaboticabal – SP, apresentado pelos geógrafos Gustavo Armani e Miriam Ramos, do Instituto Geológico, durante o 8º Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica, realizado em agosto, em Alto Caparaó (MG).
Os estudos das inundações ocorridas em Jaboticabal foram iniciados em 2006 a pedido da Defesa Civil do Estado, quando foram realizados mapeamentos de riscos e histórico de ocorrências, entre outros levantamentos, que até hoje vêm subsidiando a prefeitura e permitindo o redimensionamento de galerias de águas pluviais e outras obras importantes para sua drenagem adequada.
Mais informações no site da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de SP.
(Agência Fapesp, 23/12/2008)