A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina confirmou nesta sexta-feira a contaminação de 242 pessoas por leptospirose nos municípios atingidos pelas chuvas e enchentes.
Até hoje, a Defesa Civil do Estado havia confirmado 131 mortes e 22 desaparecidos. O Estado está em situação de emergência e ao menos 14 cidades decretaram situação de calamidade pública. Mais de 32 mil continuam fora de suas casas.
De acordo com a Dive, as contaminações foram contabilizadas a partir do dia 22 de novembro. Já foram notificados 1.638 casos suspeitos, sendo que 762 estão em análise e 634 foram descartados.
Os 242 casos foram confirmados em moradores de Itajaí (64), Blumenau (53), Joinville (17), Camboriú (13), Tijucas (11), Jaraguá do Sul (9), Florianópolis (9), Gaspar (9), Balneário Camboriú (8), Ilhota (7), Itapema (7), São João Batista (5), Timbó (4), Navegantes (4), Palhoça (3), Santo Amaro da Imperatriz (3), Indaial (3), Itapoá (2), São Francisco do Sul (2), São José (2) e Brusque (2). Em Biguaçu, Canelinha, Rio dos Cedros, Guabiruba e Luiz Alves foi registrada uma contaminação em cada município.
Nesta sexta-feira, a prefeitura de Blumenau (SC) confirmou nesta sexta-feira que o prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) contraiu leptospirose após o período de chuvas. A assessoria da prefeitura afirmou que o prefeito está bem e não precisou se afastar do cargo.
No Espírito Santo, outro Estado muito afetados pelas chuvas, duas pessoas morreram em decorrência da doença. As mortes foram divulgadas nesta quinta-feira (18).
Prevenção
Os primeiros sintomas da doença são: febre alta, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Em alguns casos, vômitos e diarréia podem causar desidratação. Cerca de 10% dos pacientes também apresentam icterícia --olhos amarelados.
A doença pode ficar incubada de dois a 30 dias antes de aparecerem os primeiros sintomas.
O governo do Estado alerta que não existe vacina contra a leptospirose, e orienta para que a população evite contato direto com as águas de enchente ou com lama contaminada. Quando não foi possível evitar, deve-se usar calçados e luvas impermeáveis para reduzir o contato.
(Folha Online, 19/12/2008)