A Universidade apresentou, oficialmente, o Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis que irá reunir pesquisas multidisciplinares. O investimento anunciado é da ordem de R$ 5 milhões
Resultado de parceria entre o IAG - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - e a FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo –, da Universidade de São Paulo, o Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis será o primeiro prédio ambientalmente sustentável da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, em São Paulo.
O Centro integrará pesquisas multidisciplinares de várias unidades acadêmicas da USP e será composto pela Rede Temática sobre Mudanças Globais, pelo Centro de Ciências da Terra e do Ambiente e pelo Laboratório de Modelos para a Sustentabilidade das Construções.
A edificação de três pavimentos e seis mil metros quadrados foi planejada para gerar toda a energia elétrica que será consumida na etapa de uso e operação por meio da instalação de tecnologias avançadas disponíveis no mercado internacional. O edifício contemplará, ainda, iniciativas sustentáveis, como materiais de construção com conteúdo reciclado, além de:
- controle da radiação solar por meio de protetores solares externos automatizados;
- otimização da iluminação natural e prateleiras de luz;
- ventilação natural com controle automatizado;
- ar condicionado solar no auditório e sala de servidores;
- resfriamento do ar pelo solo;
- geração de energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico;
- automação e gerenciamento da energia com painel demonstrativo;
- captação de água de chuva para reaproveitamento em bacias sanitárias e irrigação de jardim e
- coletores solares planos para aquecimento de água.
Na cerimônia de lançamento realizada no dia 12 de dezembro, a reitora da USP, Suely Vilela, anunciou investimentos da ordem de R$ 5 milhões. De acordo com o vice-diretor da FAU e diretor do projeto, Marcelo de Andrade Romero, a construção partiu de três pressupostos: a maximização da relação arquitetura versus clima, como forma de reduzir os futuros consumos energéticos; o uso das tecnologias ativas com baixo consumo de energia e a implantação de iniciativas de sustentabilidade e reduzido impacto ambiental durante a obra, uso e operação do prédio.
(Por Manoella Oliveir
a, Planeta Sustentável, 18/12/2008)