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2008-12-19
Nova câmara ambiental reúne representantes da indústria de processamento de carne e de resíduos de abate

A Câmara Ambiental do Setor de Abate, Refrigeração e Graxaria, que reúne representantes da indústria de processamento de carne de bovinos, suínos, aves e de resíduos animais, foi instalada pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental nesta quinta-feira (18/12). Esta é a 15ª câmara ambiental em atividade no estado, abrindo mais um canal de interação entre o governo e o setor produtivo, para promover avanços na gestão ambiental.

Somente este ano, nove câmaras foram oficialmente instaladas e duas outras reativadas, o que mostra uma grande sinergia entre o setor produtivo e a agência ambiental, desencadeando uma série de trabalhos e produtos que estão permitindo alcançar melhorias significativas no processo de produção e de minimização de resíduos.

“Conseguimos grandes avanços em 2008, melhorando o desempenho ambiental das empresas e o diálogo entre o setor público e o produtivo”, afirmou Fernando Rei, presidente da CETESB, ao comentar o resultado do balanço dos últimos 14 meses, apresentado antes da instalação oficial da câmara da indústria frigorífica.

“Até o momento, já constituímos 38 grupos de trabalho, com 173 participantes do sistema de meio ambiente do Estado e 353 dos setores produtivos, onde discutimos sobre os problemas ambientais que afetam cada um dos setores envolvidos e como solucioná-los”, informou Zoraide Senden Carnicel, gerente da Divisão de Coordenação de Câmaras Ambientais da CETESB.

Além do setor de abate, refrigeração e graxaria, estão hoje
em atividade as câmaras ambientais da construção; couros, peles e calçados; minerais não metálicos; indústria têxtil; derivados de petróleo; indústria cítrica; mineração; metalúrgico, mecânico e siderúrgico; processamento de chumbo; refrigeração, ar condicionado, aquecimento e ventilação; setor de resíduos; saneamento; suinocultura; e setor sucroalcooleiro. De outubro de 2007 até dezembro deste ano, foram realizadas 52 reuniões plenárias; 130 reuniões de grupos e sub-grupos de trabalho, com 54 temas em discussão, gerando 11 produtos e quatro eventos.

Um desses produtos foi a normatização do licenciamento ambiental de bases de distribuição de combustíveis e a criação de consórcio para o licenciamento dos postos, por iniciativa da Câmara Ambiental do Petróleo, que também firmou parceria com o SENAC, para a realização de cursos de capacitação, destinados aos frentistas. Para março do próximo ano, está programado um curso de capacitação em áreas contaminadas, direcionado tanto aos proprietários dos estabelecimentos que comercializam combustíveis, como também a todos que atuam neste segmento, como consultores, trabalhadores do setor e ao consumidor.

Outros produtos foram lançados nos setores de construção (regulamentação do controle do impacto sonoro de rodovias e trabalhos para a minimização da geração de resíduos), têxtil (procedimento para utilização de resíduos não perigosos em caldeiras e guia da produção mais limpa), chumbo (controle de resíduos de fábricas de baterias), couros e calçados (tratamento de lodos de cortume) e sucroalcooleira (monitoramento das áreas de aplicação de vinhaça), entre outros.

Para 2009, há a perspectiva de criação e reativação das câmaras de energia, automobilística, eletroeletrônica e química e petroquímica. Outra iniciativa, que permeará as discussões entre os grupos de trabalho das 15 câmaras em atividade, será a incorporação de ganhos ambientais escalonados por setor para os próximos 10 anos, além de critérios para indicadores ambientais.

(Por Renato Alonso, Ascom Cetesb, 18/12/2008)

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