Os projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS) não serão mais aceitos pelas Nações Unidas dentro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O MDL permite aos países desenvolvidos com metas de redução de emissões de gases do efeito estufa adquirir créditos de carbono para cumprir as metas do Protocolo de Quioto.
O grupo de conselheiros científicos e tecnológicos da ONU argumentou que incluir o CCS como metodologia para o MDL faria com que os países em desenvolvimento se transformassem em um terreno para testes com uma tecnologia sem provas concretas de eficiência. “Estas tecnologias precisam de todo o apoio financeiro possível”, defendeu o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, no início da semana.
A proposta de incluir o CSS no MDL foi liderada pela Austrália e apoiada por representantes da União Européia, Noruega e Japão, mas logo rejeitada pelo Brasil e outros países.
A ONG Bellona, apoiadora da proposta, diz que a tecnologia pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 50%. Segundo a ONG, países como o Brasil são contra a proposta porque temem que financiamentos e outros incentivos econômicos sejam desviados dos projetos florestais como o Fundo Amazônia para serem colocados no CCS.
(Consultor Jurídico, 17/12/2008)