O prefeito José Fogaça entregou hoje, 17, em Brasília, a proposta do Plano Diretor Cicloviário Integrado de Porto Alegre ao ministro das Cidades, Márcio Fortes, e ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno. Desenvolvido a partir de diagnóstico da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o projeto identifica 495 quilômetros propícios para ciclovias e ciclofaixas em diferentes regiões da cidade.
Fortes recebeu positivamente a proposta e apresentou a Fogaça experiências de outras cidades, destacando o pioneirismo de Porto Alegre em apresentar um plano diretor para as ciclovias. Conforme o prefeito, o secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana comprometeu-se a dar todo apoio e garantir recursos federais para a implantação das ciclovias na cidade. "É mais uma parceria da prefeitura com o Ministério das Cidades que, seguramente, será muito bem sucedida", afirmou Fogaça, que foi a Brasília acompanhado pelo secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna.
O Plano Diretor Cicloviário tem como objetivo incentivar o uso da bicicleta como nova alternativa de transporte, integrando ciclovias ao sistema viário existente na cidade. Fogaça destaca ainda a relevância da iniciativa para a qualificação da mobilidade e do transporte público, especificamente no trânsito da Capital, onde circulam aproximadamente 600 mil veículos para uma população de cerca de 1,45 milhão de habitantes.
Educação para o trânsito - Para a elaboração do plano, foi realizado um levantamento das vias, com 700 quilômetros percorridos em bicicleta. O projeto contou com a participação de ciclistas e representantes de organizações não-governamentais (Ongs) e entidades representativas de ciclistas. Conforme dados da EPTC, o uso da bicicleta em Porto Alegre atinge menos de 1% da população.
Integram o Plano Cicloviário as avenidas Ipiranga, Sertório, João Antônio da Silveira, na Restinga, Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), Diário de Notícias e Vicente Monteggia, na Vila Nova. A previsão é de que a rede de ciclovias seja consolidada ao longo dos anos, a partir de investimentos públicos e privados, via compensações ambientais e doações, por exemplo. De acordo com Luiz Afonso Senna, cada quilômetro deverá ter um custo médio de R$ 150 mil.
Elaborada conforme as diretrizes estabelecidas no Código Brasileiro de Trânsito e no Plano de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA), a proposta tramita na Câmara Municipal desde junho, quando foi entregue pelo prefeito ao presidente do Legislativo, Sebastião Melo. O projeto já passou por três comissões e está atualmente na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh). Neste período, também já foi realizada uma audiência pública sobre ciclovias na Capital.
(Prefeitura de Porto Alegre, 17/12/2008)