As inundações, ciclones e secas afetaram este ano a 18 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe, provocando milhares de mortos e danos em torno dos 7 mil milhões de dólares, segundo o relatório da Organização de Nações Unidas (ONU). As inundações afetaram a toda esta região e são a causa de 80 por cento dos danos, enquanto que os deslizamentos de terra são responsáveis de 60 a 70% dos mortos.
Assim informou à imprensa o responsável regional para catástrofes do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHE), Douglas Reiner. "Tanto as inundações como as secas aumentaram na região 300% no transcurso dos 30 últimos anos, ao mesmo tempo em que os ciclones se quintuplicaram", acrescentou.
As primeiras vítimas são sempre os mais pobres e os mais vulneráveis. Por isso que os Estados devem fazer mais para reduzir as desigualdades sociais que agravam o impacto das catástrofes naturais, segundo o chefe do escritório regional da OCHE para América e o Caribe, Gerard Gómez. "É a região do mundo com maiores desigualdades. 75% da população está concetrada nas cidades, onde os pobres são totalmente invisíveis", explicou.
Sete furacões em 2009
Os especialistas em prognóstico de furacões da Universidade Estadual de Colorado previram esta quarta-feira uma atividade superior a media no próximo ano no Atlântico: 14 tormentas com nomes, incluindo sete furacões, três deles grandes. A média para 50 anos é de 9.6 tormentas com nome, 5.9 furacões e 2.3 grandes furacões.
Os pesquisadores William Gray e Phil Klotzbach disseram em seu prognóstico a longo prazo que haverá uma probabilidade de 63% de que ao menos um furacão de grande intensidade toque as costas dos Estados Unidos.
No mês de dezembro passado, Gray e Klotzbach previram 13 tormentas com nomes para 2008, incluindo sete furacões, três deles grandes.
Klotzbach disse que o novo prognóstico se baseia em fatores que incluem a água cálida do Atlântico e a ausência do fenômeno do El Niño.
(TeleSUR, Adital, 15/12/2008)