A Universidade de São Paulo (USP) promoveu, no dia 12 de dezembro, o lançamento oficial do projeto do Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis (Cecas), a primeira edificação ambientalmente sustentável da Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, em São Paulo.
O projeto do novo prédio nasceu da parceria entre o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e integrará pesquisas multidisciplinares de várias Unidades da Universidade. O Centro abrigará a Rede Temática sobre Mudanças Globais, o Centro de Ciências da Terra e do Ambiente e o Laboratório de Modelos para a Sustentabilidade das Construções.
Trata-se de um edifício modelo, com três pavimentos e área de seis mil metros quadrados, que foi planejado para gerar toda a energia elétrica a ser consumida na etapa de uso e operação por meio da instalação de tecnologias avançadas disponíveis no mercado internacional. O edifício contemplará também iniciativas de sustentabilidade e reduzido impacto ambiental. O prédio será construído na confluência da Rua do Matão com a travessa V.
Na cerimônia, a reitora da USP, Suely Vilela, anunciou investimentos da ordem de R$ 5 milhões no novo prédio. “Congregando a Rede Temática de Mudanças Climáticas, o Laboratório de Modelos para a Sustentabilidade das Construções e o Centro de Ciências da Terra e do Ambiente, o Centro de Estudos de Clima e Ambientes Sustentáveis da USP contribui expressivamente à discussão de tema estratégico não só para o país como também para o mundo”, ressaltou.
Para a diretora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), o “Centro representa a multidisciplinaridade e integra vários grupos de pesquisa da Universidade em diferentes áreas do conhecimento. Sejam quais foram os caminhos trilhados, certamente essa convergência de ideais resultou num projeto grandioso, inovador e modelar da Universidade de São Paulo”.
Segundo o vice-diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e diretor do projeto, Marcelo de Andrade Romero, foram considerados três pressupostos básicos na construção da nova edificação do campus: a maximização da relação arquitetura versus clima, como forma de reduzir os futuros consumos energéticos (tecnologias solares passivas); a utilização das tecnologias ativas com baixo consumo de energia e a implantação de iniciativas de sustentabilidade e reduzido impacto ambiental durante as etapas de construção, uso e operação do edifício.
No novo prédio, estão previstos, entre outros aspectos, o controle da radiação solar por meio de protetores solares externos automatizados; a otimização da Iluminação natural e prateleiras de luz; ventilação natural com controle automatizado; ar condicionado solar no auditório e sala de servidores; resfriamento do ar pelo solo; geração de energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico; automação e gerenciamento da energia com painel demonstrativo; captação de água de chuva para reaproveitamento em bacias sanitárias e irrigação de jardim; coletores solares planos para aquecimento de água em chuveiros e lavatórios; além da utilização de materiais de construção com conteúdo reciclado.
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USP online, 12/12/2008)