Segundo IBGE, impacto é maior que na agricultura e pecuária.Região Norte é a que apresenta os maiores problemas.O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avaliou o impacto de problemas ambientais nas atividades agrícola, pecuária e de pesca. O mais alto foi na pesca, citada por 22,1% dos municípios consultados.
O efeito foi mais forte no Norte: 39,2% dos municípios daquela região apontaram redução da quantidade e diversidade de peixes como conseqüência de problemas ambientais. A maior parte dos 522 municípios que não registraram problemas ambientais fica em Estados do centro-sul, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, mas predominam os de pequena população.
Entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, apenas Porto Alegre (RS) informou não ter enfrentado conseqüências ambientais de grande impacto.
NormalidadePedro Jacobi, professor da Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP, vê nas grandes cidades do centro-sul a tendência de tratar problemas ambientais como parte da normalidade.
“A palavra impacto talvez não seja adequada para problemas que atingem as cidades há muito tempo. É preocupante quando lixões, parques e áreas verdes sem conservação, falta de esgoto e poluição de rios não são vistos como problemas. São Paulo, por exemplo, é insustentável. Catalisadores podem reduzir emissões industriais, mas ninguém argumenta claramente sobre o ar ao planejar o transporte. Só se fala de congestionamento, como se a poluição fosse normal”, disse.
ReforçoA Secretaria de Meio Ambiente de Marabá (Semma), no sudeste do Pará, reforçou com 30 agentes e pilotos de embarcações o combate à pesca ilegal, feita principalmente no período de reprodução dos peixes, a piracema. O resultado começa a surgir: houve queda de 40% na atividade ilegal e apreensão de 15 toneladas de peixes, a maioria filhotes, que seriam vendidos em comunidades pobres da região. utros 10 mil metros de redes de pesca foram apreendidos.
Segundo a pesquisa de informações básicas municipais do IBGE, a Semma tem recursos, pessoal e disposição para combater problemas ambientais, mas esbarra na falta de estrutura dos 38 municípios da região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Agência Estado,
G1, 14/12/2008)