Produção, em dois anos, passou a significar 4,5% da matriz energética, segundo balanço do Grupo CEEE A produção de energia eólica no Rio Grande do Sul, que em 2005 era nula, é hoje a fonte com maior crescimento no Estado. Em 2007, a geração chegou a 407 mil megawatts/hora (MW/h), representando 4,5% da matriz energética gaúcha. Com a perspectiva de leilões específicos para construção de usinas movidas pelo vento, a partir de 2009, os cataventos que encantam quem trafega pela freeway tendem a aumentar. O aumento expressivo da geração de energia eólica no Estado é constatada no Balanço Energético do RS, lançado ontem pelo Grupo CEEE.
Referente a 2005, 2006 e 2007, a pesquisa reúne informações das diversas áreas que compõem a matriz energética gaúcha. 'A publicação é um retrato sobre as diferentes formas de produção de energia mundial, nacional e no RS, indicando potenciais para um planejamento estratégico', diz o presidente do Grupo CEEE, Sérgio Camps de Morais.
A energia eólica passou a ser realidade no RS com a inauguração do Parque Eólico de Osório, em 2006. O projeto é subdividido em três parques – Osório, Sangradouro e Índios, com 75 aerogeradores. Juntos, eles formam o maior parque eólico da América Latina, com potência instalada de 150 MW. Um dos responsáveis pelo estudo, o engenheiro Gilberto José Capeletto destaca que as perspectivas da construção de parques eólicos no Estado são expressivas, considerando a intenção do Ministério de Minas e Energia de realizar pregões específicos. Apesar disso, ele aponta que os custos atuais de geração de eletricidade por meio eólico são os principais entraves para o crescimento. 'Problema que, no futuro deve ser superado', acredita o autor do trabalho, ao lado de Gustavo Humberto Zanchi de Moura e Regina Telli.
O Balanço Energético do RS evidencia também que o Estado não está seguindo a tendência do crescimento da produção de energia renovável, como ocorre no Brasil. Enquanto a média nacional é de 46,04%, a expansão no Rio Grande do Sul foi de apenas 31,09% entre 2005 e 2007. A pesquisa incentiva a produção de álcool no RS como sugestão para elevar a oferta interna e ampliar as alternativas para os consumidores pagarem menos pelo uso da energia elétrica.
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Correio do Povo, 13/12/2008)