Líderes europeus aprovaram por unanimidade um acordo histórico para reduzir em 20% as emissões dos gases causadores do efeito estufa na União Européia (UE) até 2020, informou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em uma entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, em Bruxelas.
Intensas negociações foram realizadas entre ontem e hoje para acertar os pontos finais do acordo, que foi alcançado dentro do prazo estabelecido pelo presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Barroso, e pela França, que detém a presidência rotativa da UE até o próximo dia 31.
Agora, o acordo será discutido pelo Parlamento Europeu. Negociações informais devem ser realizadas durante todo o fim de semana entre os representantes de cada país e a votação deverá ocorrer na próxima semana. De acordo com documento preliminar, o acordo inclui suportes para os países do leste europeu, muito dependentes de energia gerada por carvão e, por conta disso, grandes emissores de dióxido de carbono (CO2).
As indústrias poluidoras cujos produtos são muito negociados no mercado internacional e que por isso serão obrigadas a comprar créditos de carbono terão descontos de até 100% na compra dos créditos, de acordo com o documento. Entre elas estão as fabricantes de cimento, alumínio e vidro.
Outros setores industriais deverão pagar apenas 20% do crédito que os autoriza a emitir dióxido de carbono até 2013. A obrigatoriedade de compra de 100% do crédito foi transferida de 2020 para 2025. O acordo alcançado moderniza um programa de crédito de carbono já existente na UE para reduzir as emissões de gases. As informações são da Dow Jones.
(
UOL, 12/12/2008)