O Banco Mundial pediu na quarta-feira que a América Latina não sacrifique os esforços para conter o aquecimento global devido à crise financeira que diminui os seus recursos.
Um relatório do Banco Mundial, chamado "Carbono Baixo, Crescimento Alto: Respostas Latino-americanas à Mudança Climática", reconheceu que lidar com a crise econômica e com o aquecimento global ao mesmo tempo não será fácil.
"O desafio é encontrar um terreno comum, identificar e buscar políticas que possam levar progresso a ambas as frentes simultaneamente", disse Augusto de la Torre, economista-chefe para a América Latina e Caribe.
A menor quantidade de investimentos privados e os preços flutuantes do petróleo estão testando a disposição dos governos a lançar projetos para combater o aquecimento global ou ampliar as reduções de gases causadores do efeito estufa.
"A expectativa de que o preço relativamente baixo dos combustíveis fósseis esteja aqui para ficar pode não só deter o investimento em tecnologias com baixa emissão de carbono como também induzir a substituição do consumo em favor de energia mais barata, mas mais suja", disse de la Torre.
O relatório disse que a região está experimentando os efeitos da mudança climática, como o aumento do nível do mar e tempestades mais fortes no Caribe.
O relatório diz que, embora a região não seja uma grande poluidora se comparada a outras --a América Latina é responsável por 6 por cento das emissões--, suas emissões estão crescendo. Baseando-se na tendência atual, a projeção é de que, de 2005 a 2030, as emissões per capita na região aumentem 33 por cento, nível mais alto do que a média mundial, que é de 24 por cento.
(Por Lesley Wroughton, Reuters, 11 12/2008)