Há seis anos, agricultoras de Patos de Minas fundaram associaçãoElas aproveitaram a coincidência de seus nomes para fazer arte.
Palha de milho, casca de coco, raminhos espalhados pelo chão. Tudo vira matéria-prima nas mãos de um grupo de artesãs de Patos de Minas (MG). E não é só o gosto pelo trabalho que elas têm em comum. Uma coincidência une essas mulheres. Elas são todas Marias.
Cada uma tem um dom e todas com a mesma paixão: transformar o lixo em arte. “A palha do milho é a matéria-prima que utilizamos para fazer o nosso artesanato”, disse a artesã Maria Moreira.
Há seis anos as agricultoras de Patos de Minas aproveitaram a coincidência dos nomes, a facilidade com os trabalhos manuais e fundaram uma associação: As Marias Artesãs.
Elas transformaram a palha de milho em bonecas, flores e arranjos. Na busca por peças originais enxergaram nas cascas de coco uma nova oportunidade.
“A gente viu o formato diferente que parece uma gruta e tivemos a idéia de trabalhar e transformá-la em um presépio”, contou a artesã Maria de Lourdes.
Agora, o trabalho feito há dez mãos vai ganhar o mundo. O esforço e a dedicação das Marias Artesãs foi recompensado por um pedido que veio do outro lado do Oceano Atlântico. Uma organização não governamental da Holanda encomendou 600 peças dos presépios produzidos em Minas Gerais. Para exportar elas foram capacitadas pelo Sebrae e tiveram o apoio da Fundação Casa da Cultura do Milho de Patos de Minas.
“Levar para a Holanda esse trabalho eu acho que é uma gratificação muito grande para nós que aqui trabalhamos e sonhamos”, concluiu Marialda Coury,
diretora cultural.
Cada presépio de casca de coco está sendo vendido para a Holanda por R$ 6,00.
(
G1, 10/12/2008)