Em reunião de lideranças nesta quarta-feira, vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre discutiram, entre outros assuntos, o veto do prefeito José Fogaça ao Projeto Pontal do Estaleiro.
Luiz Braz (PSDB) disse que no mundo político há dois grupos de pessoas: as que atuam para tentar resolver os problemas da sociedade e as que agem para impedir que as soluções sejam obtidas. "Prefiro me filiar ao primeiro grupo", disse, para justificar sua posição favorável ao veto do prefeito José Fogaça ao projeto do Pontal do Estaleiro. Observou que o prefeito apenas atendeu a pedido dos próprios vereadores para que a matéria fosse avaliada pela população através de referendo. "A atitude de Fogaça foi de respeito à sociedade. Por isso, não podemos criticar alguém que está tentando ouvir a população."
Maristela Maffei (PCdoB) disse que seu partido apóia a decisão do prefeito José Fogaça de vetar o projeto do Pontal do Estaleiro. Defendeu o Executivo argumentando que Fogaça, ao apresentar o veto e propor a realização de um referendo popular sobre a matéria, apenas cumpriu o que um grupo de vereadores solicitou a ele. Maristela considera que há um exagero da bancada do PT ao criticar a atitude do prefeito. "Se tivermos que fazer crítica ao governo, vamos fazer. Mas neste caso Fogaça cumpriu rigorosamente o que foi acordado."
Professor Garcia (PMDB) observou que sempre foi contra o projeto do Pontal do Estaleiro e que ficou satisfeito com o veto apresentado pelo prefeito Fogaça. "Fui contra porque entendo que a cidade nunca autorizou moradias na orla do Guaíba. Quero um referendo para podermos derrubar este projeto." Para Garcia, há propostas que causam grande polêmica na cidade e que, por isso, necessitam de avaliação direta da sociedade. Lembrou que por causa de uma matéria polêmica (cercamento da Redenção) apresentou um projeto, que virou lei, prevendo plebiscito sobre o tema. "Há matérias que estão acima da Câmara por causar grande divisão na sociedade."