Na próxima quinta-feira (11/12), a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS) assinará convênio com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) para elaboração do primeiro Plano Diretor do Parlamento gaúcho. A solenidade acontece durante as comemorações do Dia do Arquiteto, às 17h, no Solar do IAB.
De acordo com o superintendente-geral, Armênio dos Santos, a entidade será responsável pelo concurso nacional que escolherá o melhor projeto, levando em consideração o custo-benefício e um plano diretor que atenda as necessidades do Legislativo para os próximos 20 anos. O edital será lançado até fevereio e as propostas de arquitetos e engenheiros de todo o Brasil deverão ser apresentadas em maio de 2009. O vencedor ganhará R$ 45 mil, enquanto o segundo colocado ficará com R$ 20 mil e o terceiro, com R$ 15 mil.
Adequando o tempo à demanda
O presidente do Parlamento, deputado Alceu Moreira (PMDB), defende a realização do Plano Diretor, afirmando que custa muito caro “fazer algo sem planejamento”. Conforme ele, o Legislativo Estadual vive o momento de rever conceitos, deixando para trás uma “visão míope e tacanha, agindo de afogadilho”, e planejando suas ações a médio e longo prazos.
O Palácio Farroupilha foi inaugurado em 1967 e, desde então, foi se adequando às necessidades e agregando estruturas sem nenhum tipo de planejamento. Armênio citou o exemplo do Departamento de Saúde, que está localizado no sexto andar, inviabilizando assim a locomoção de macas em casos de emergência. Ele também disse que a acessibilidade para pessoas com deficiência não atende na plenitude os espaços na Casa.
Há, ainda, segundo o superintendente, necessidade de planejamento contra incêndio, uma vez que a torre de serviço vai até o quinto andar (o Legislativo tem 13 andares) e de instalação de novos elevadores. A Assembléia recebe diariamente em torno de 2,5 mil pessoas. Em dias de audiências públicas e votação de projetos polêmicos, este número chega a cinco mil. “Os quatro elevadores para atender a grande demanda já estão desgastados e não podemos parar mais que um dia para fazer a manutenção, geralmente nas segundas e sextas-feiras, dias com menos circulação. Não queremos ser responsáveis por qualquer tipo de incidente com vítimas num desses elevadores. Temos que pensar em acessibilidade, funcionalidade e na segurança de quem circula pela Casa. Isso não tem preço”, explicou.
(Por Roberta Amaral, Agência de Notícias AL-RS, 08/12/2008)