Buracos nas ruas, calçamento irregular, iluminação e baderneiros são apenas alguns dos problemas
No trecho do Parque Itaimbé próximo às ruas 20 de novembro, Tiradentes, Major Duarte, Senador Cassiano, Benjamin Constant e Risieri Mafacioli a situação é de descaso. Os moradores reclamam de buracos, falta de iluminação, baderneiros, calçamento irregular, iluminação ruim, depredação e falta de cuidado.
O final da Rua Risieri Mafacioli, que desemboca no Parque Itaimbé próximo ao Centro de Atividades Múltiplas Garibaldi Poggettie à antiga sede da União das Associações Comunitárias, é uma dar ruas que está em piores condições: um buraco de mais de um metro e meio de comprimento por um de largura está cheio de esgoto parado em frete à casa da fisioterapeuta Eliane Lopes Nunes, 35 anos.
Ela mora no local há 30 anos e conta que o parque sempre foi “meio largado”. “Esse buraco está aí aberto há quase dois meses. Já liguei para a prefeitura, mas disseram que era responsabilidade da Corsan. Falei com a companhia e me passaram para a prefeitura de novo, que até veio aqui, mas deixou tudo como está”, diz Eliane. Segundo ela, além da depredação das calçadas, os mendigos e baderneiros usam a escada – que está quebrada – que dá acesso à casa dela para dormir e usar drogas.
Na Rua Tiradentes, que também desemboca no Parque Itambé, os buracos tanto em calçadas como em ruas são alvo de reclamações. Um deles é bem em frente à casa de Arlino Munari, 70 anos, que mora lá há 45 anos. “Nós mesmos que preenchemos o buraco com brita e concreto. Eu e os moradores da rua já reclamamos desse buraco há pelo menos um ano. Fiz um protocolo com número da reclamação há dois meses e até agora nenhuma solução”, diz Munari, que aponta prejuízo para os carros que passam por lá.
Baderna
Ari Teixeira Jacques, 72 anos, e Renato Dias, 60, contam que durante a noite não é possível nem tomar um chimarrão até mais tarde na Rua 20 de Setembro, que também dá acesso ao parque, mas somente a pé. “Como a rua termina e não há luz próximo dela se junta um grupo que fica com som alto e usando drogas até cedo da manhã. Ligamos para a Brigada Militar, mas ela diz que não é com ela. Então a quem vamos recorrer?”, indaga Ari, que diz ter juntado 30 copos plásticos e até seringas do local. Mais para o alto da rua, a reclamação é a mesma: “de madrugada não conseguimos nem dormir por causa da baderna, além disso, recentemente pintamos a casa e o portão já está pichado”, conta Cristiane Zelada Caneda, 33 anos, que mora no local desde que nasceu. Renato lembra que o bar que há no local já foi incontáveis vezes vítima de roubo. Ninguém do estabelecimento foi encontrado para confirmar a informação.
Quadras e iluminação
Segundo Ari, que mora na Avenida Itambé há 30 anos, conta que em dias de seca é preciso varrer a casa muitas vezes de tanta areia que vem da quadra. “Outra preocupação é com as crianças que brincam ali, pois já cheguei a contar 11 cachorros usando a quadra como banheiro. Além disso, ela não tem estrutura para ser de areia, pois havia concreto em péssimo estado antes”, comenta o aposentado. A tela de proteção da quadra está toda rasgada e uma goleira está caída. Ari já aproveita para mostrar a grama que não é cortada há algum tempo, enquanto aponta a um poste cujos fios são frequentemente roubados. “Não temos mais nenhuma iluminação além dos holofotes das quadras”, comenta Ari, que varre o trecho da rua onde mora todos os dias.
Faixa de pedestres
Na Benjamin Constant, o problema é o congestionamento em um semáforo que dá acesso à Rua Major Duarte. Em horas de muito movimento, os carros na espera da abertura da sinaleira impedem a passagem de carros. “Se houvesse uma faixa de segurança antes da Major Duarte já seria possível acessar essa rua”, diz a professora Flávia Brandenburg, 33 anos, que mora na Benjamin desde que naceu.
(A Razão, 05/12/2008)