O mercado mundial de compra e venda de cotas de emissão de gases causadores do efeito estufa cresceu 41% na primeira metade deste ano, totalizando 38 bilhões de euros, segundo dados apresentados pela Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA).
As transações de cotas de CO2 (dióxido de carbono) também aumentaram nos primeiros seis meses de 2008, passando das 1,2 bilhão de toneladas de 2007 para aproximadamente 1,84 bilhão de toneladas neste ano.
O estudo da IETA, divulgado durante a conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática, realizada desde segunda-feira (1º) na cidade polonesa de Poznan, diz que a compra e venda de poluentes poderia se desenvolver ainda mais, caso os EUA acreditassem em um mercado nacional de CO2.
Atualmente a União Européia centraliza a maior parte dessas operações relacionadas com direitos poluentes, com cerca de 70% do volume total global.
Os créditos de carbono vêm em compasso com o Protocolo de Kyoto, segundo o qual os países mais desenvolvidos devem reduzir progressivamente suas emissões de gases causadores do efeito estufa para os níveis do ano de 1990.
Entretanto, as dificuldades para conseguir essa diminuição fazem com que o mercado de compra de direitos de emissão se desenvolva, nos últimos anos, como fórmula para evitar sanções por excesso de poluição.
A Conferência das Nações Unidas termina no próximo dia 12 de dezembro, quando se espera que governantes de todo o mundo entrem em acordo para alcançar um pré-pacto, que permita consolidar um protocolo pós-Kyoto na próxima reunião, em Copenhague, em 2009.
(EFE,
Folha Online, 04/12/2008)