Ana Cristina Barros - diretora da organização The Nature Conservancy - Brasil (TNC), foi barrada na terça-feira (2/12) por seguranças do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e impedida de entrar em reunião que discutia a revisão do Código Florestal. "Apesar da sociedade civil não ter cadeira nesse grupo de trabalho (GT), a participação sempre foi livre. Ontem, entretanto, sem aviso prévio, eles simplesmente não me deixaram entrar".
O objetivo desse grupo é modernizar o Código Florestal, que já tem mais de 40 anos. Fazem parte oficialmente do GT Ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Agricultura, Comissões da Câmara e Senado de Meio Ambiente e Agricultura e Frentes Parlamentares do Meio Ambiente e Agricultura.
Segundo a assessoria de imprensa do Mapa, a presença da representante da sociedade civil não foi permitida na reunião porque neste momento da discussão do código estão envolvidos apenas o Parlamento e governo federal. "Depois isso vai tramitar no Congresso e todo mundo vai poder participar. Neste momento são reuniões técnicas, mais fechadas, entre a frente parlamentar de agricultura e do meio ambiente. O grupo formado inclui esses órgãos", disse Laila Muniz, assessora do ministério.
Porém, de acordo com alguns participantes- o ministro Reinold Stephanes teria assegurado aos presentes, durante a reunião, que todos haviam sido convidados e que os ausentes apenas não teriam comparecido por sua própria decisão. Ana Cristina lamentou a postura do governo federal, lembrando das contribuições que a sociedade civil já deu e ainda pode dar para essa discussão.
Ela revelou ainda que a proposta de revisão do Código Florestal tirada na reunião é "horrorosa" e que a TNC, juntamente com outras entidades, está preparando uma carta repudiando a atitude do governo e questionando o novo código proposto.
(Amazonia.org.br, 04/12/2008)