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chuvas e inundações
2008-12-03

Durante duas horas os deputados Décio Góes (PT), Serafim Venzon (PSDB) e Cesar Souza Júnior (DEM), membros da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Santa Catarina (AL-SC), fizeram um vôo de reconhecimento das áreas mais atingidas, além de ver os resultados e efeitos da tragédia que assolou o Vale do Itajaí. De acordo com os parlamentares, a localidade do Braço do Baú, pertencente ao município de Ilhota, é o ponto mais crítico.

Depoimentos de pessoas que foram atingidas foram ouvidos pelos membros da comissão. A paisagem mudou completamente, ao invés de um vale verde, com muitas plantações, o que chama a atenção agora são as imensas fissuras que se abriram nos morros que circundam todas as comunidades do Morro do Baú.

O sobrevôo ocorreu por volta das 10 horas da manhã, a partir do aeroporto de Navegantes, local onde estão concentradas as equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Defesa Civil do estado. Dezenas de militares carregam diariamente helicópteros com donativos para as pessoas que estão em áreas isoladas, enquanto outros vão aos locais fazer a distribuição.

Antes mesmo da vistoria Góes já falava da importância do Código Ambiental. Para ele, o Projeto de Lei nº 238/08 deve ser amplamente discutido com técnicos e com a própria população para melhorias necessárias. “O que aconteceu lá é relativo a vários fatores, como a ocupação desordenada e o fato do solo ser arenoso. Vamos pedir ao governador que retire o caráter de urgência desta matéria para que ela seja votada no primeiro semestre de 2009”, emendou.

Já Cesar Junior, falou que o momento ainda é de salvar-vidas, sem deixar de se preparar para a próxima etapa, de recuperação dos municípios. “Temos que agradecer a solidariedade de todos os brasileiros. Reconstruir o nosso estado é o nosso maior desafio”, concluiu

Depoimentos

Conforme relatos de Venzon, os moradores do Braço do Baú contaram que as barreiras foram desmoronando consecutivamente, junto com a explosão do gasoduto Brasil-Bolívia. “Fomos sentir de perto e ouvir a comunidade. O maior número de mortos foi contabilizado no Braço do Baú. O que percebemos foi que os deslizamentos aconteceram mais nas áreas com cobertura nativa”, comentou.

Jorge Paulo Cândido, 44 anos, foi um dos atingidos do Braço do Baú. Segundo ele, o bananal segurou a lama, pois a vegetação nativa não agüentou. Ele também contou que 51 pessoas de quatro meses a 74 anos ficaram andando de morro em morro em busca de abrigo das 3 horas da manhã de domingo até as 9 horas da manhã da segunda-feira (24 de novembro), fugindo dos deslizamentos.

Cândido chorou ao contar aos deputados que a mãe não resistiu ao desastre. “O barulho não sai da minha cabeça. Saímos em cima da hora. Foi muito desesperador”, continuou.

Rafael Pelz também vivenciou este momento. O rapaz mencionou a história de Zairo Zabel, 29 anos, que perdeu a esposa de 26 anos, o filho de sete anos e a sobrinha. Sua irmã resistiu até ser socorrida, por volta das 17 horas. Devido à demora teve que amputar o braço. “Fizemos muitas ligações até o socorro chegar”, declarou.

Hospital de Campanha

Desde ontem Santa Catarina conta com o Hospital de Campanha da Força Aérea. No primeiro dia 85 pessoas receberam atendimento, mas a capacidade é para 400 atendimentos por dia. Os 42 servidores da Saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, prestam tratamento ambulatório básico, que compreende pediatria, clínica médica, ortopedia, ginecologia e odontologia.

O Coronel médico Luiz Verbicaro explicou que o trabalho da equipe é voltado para a prevenção de doenças que normalmente aparecem depois de uma enchente, de diarréia a casos mais graves, como a leptospirose. “O nosso trabalho é um apoio à rede pública dos municípios de Itajaí, Navegantes, Ilhota e Gaspar. Cuidamos dos casos menos graves encaminhados para cá após uma triagem feita pelos municípios.”

(Denise Arruda Bortolon e Carlos Kilian, AL-SC, 02/12/2008)


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