Na sessão de Grande Expediente e Comunicações da Câmara de Vereadores da Capital, nesta segunda-feira, vereadores voltaram a falar do projeto Pontal do Estaleiro e da necessidade de cuidado, por parte do Poder Público, com áreas de risco em Porto Alegre.
O vereador Luiz Braz (PSDB) explicou que o projeto do Pontal do Estaleiro, votado em novembro, alterou apenas a atividade que poderá ser explorada na área. Segundo ele, a matéria aprovada pelos vereadores apenas permitirá o uso misto (comercial e residencial) do local. "Antes, só podia haver uso comercial da área." Braz acrescentou que demais alterações previstas no projeto original foram rejeitadas pelo Legislativo, como a ampliação do índice construtivo de 1 para 1,5 e a permissão para altura dos prédios de 42 metros.
Neuza Canabarro (PDT) cobrou ações de prevenção da prefeitura como o mapeamento das áreas de risco da cidade. Para ela, não se pode ficar esperando ocorrer uma calamidade como a que afeta Santa Catarina para só então agir. "Há 78 áreas de risco na cidade. As construções já chegaram no topo dos morros." Neuza cobrou trabalho de prevenção também contra a dengue e a infecção hospitalar. A vereadora ainda defendeu a implantação do turno integral nas escolas municipais no segundo mandato do prefeito Fogaça. Disse que seu partido tem como bandeira a educação, especialmente o turno integral, idealizado por Brizola.
João Carlos Nedel (PP) cumprimentou pronunciamento de Neuza Canabarro (PDT) sobre as zonas de risco em Porto Alegre. Nedel disse ter ciência de um mapeamento feito na Capital o qual acusa a existência de quase 300 áreas nessa situação. “Efetivamente é um perigo e esta Casa precisa tomar providências”, considerou. Nedel comentou que a Cidade tem inúmeros morros e arroios com sub-habitações. “As pessoas que habitam essas moradias estão sujeitas a grandes problemas”.
(Por Marco Aurélio Marocco e Regina Andrade, Ascom CMPA, 01/12/2008)