O senador Roberto Freire (PPS-PE) questionou, na última terça-feira (12/3), a posição do governo de não adotar o uso de larvicidas biológicos para eliminar o Aedes aegypt - o mosquito transmissor da dengue. Em sua opinião, as autoridades do setor de saúde deveriam abandonar as velhas práticas de combate ao mosquito que já demonstraram sua ineficácia - como o chamado fumacê - e investir em pesquisas baseadas no combate biológico do inseto. Freire lembrou que tanto o seu Estado, Pernambuco, quanto o Etado do Rio de Janeiro, os dois mais atingidos pela epidemia da dengue, têm pesquisas desenvolvidas, em estágio avançado, de uma fórmula à base de bactéria para combater o Aedes aegypt . As pesquisas foram desenvolvidas, em Pernambuco, pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz em conjunto com o Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, o Instituto de Pesquisas Agropecuária e o laboratório estatal pernambucano, e no Rio de Janeiro, pela Farmanguinhos- Fiocruz, informou o senador. Este larvicida é utilizado há mais de 20 anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na África contra um tipo de filariose (cistos nos vasos linfáticos ou elefantíase), detalhou Freire, e é extremamente eficiente e seletivo, por só matar as larvas do mosquito, sem provocar danos para os demais organismos biológicos.