As pancadas de chuva registradas na região de São Borja não foram suficientes para reverter os prejuízos que a seca deve trazer às lavouras. Os 7 mil hectares de milho estão em floração e espigamento, período mais frágil. Por isso, o agrônomo da Cotrisal, Luiz Della Passe, acredita que as perdas sejam inevitáveis. Com relação ao arroz, a recomendação é que os agricultores banhem a área para garantir a emergência, já que atraso na germinação pode resultar em baixa produtividade.
Em Quaraí, a estiagem preocupa pecuaristas. O campo está ressequido, o que reduz a oferta de alimento ao gado. Os reservatórios na localidade de Salsal baixaram rapidamente. O extensionista da Emater Mário Gonsales alerta que a soja e o milheto são prejudicados em Livramento e que, quem plantou fora do período terá que refazer a lavoura. Em Uruguaiana e Barra do Quaraí, o clima ajuda o arroz, que deve fechar a semana com 98% dos 102,8 mil ha semeados. O agrônomo Gustavo Hernandes alerta que, com a cheia do rio Uruguai, 2 mil ha precisaram ser replantados.
(CP, 28/11/2008)