Cedae diz que não há riscos de contaminação da águaVazamento aconteceu há dez dias em Resende, na Região Sul Fluminense.
O vazamento de inseticida no Rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do Sul, atingiu as águas do Rio Guandu, na Baixada Fluminense. O Guandu é responsável pelo abastecimento das cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis, São João de Meriti, Belford Roxo e Japeri.
O vazamento aconteceu há dez dias em Resende, na Região Sul Fluminense. O produto tóxico já percorreu mais de 800 quilômetros. De acordo com a Companhia de Água e Esgotos (Cedae), apesar do acidente, não há riscos de contaminação da água e não haverá corte no fornecimento.
Por causa do vazamento, muitos peixes apareceram mortos às margens do rio. A mortandade chegou a São João da Barra, na Região Norte Fluminense.
A Secretaria estadual do Ambiente admitiu, nesta quinta-feira (27), que falta um plano emergencial para casos de acidentes ambientais. A secretária estadual do Ambiente Marilene Ramos anunciou três medidas de impactos para o Rio Paraíba do Sul. Segundo ela, além da criação de um plano, o governo pretende estabelecer um período de defeso e fazer a reposição das espécies que habitam o rio.
“Toda a pesca no Rio Paraíba do Sul está completamente comprometida. Temos que decretar período de defeso e toda essa comunidade de pescadores terá que ser assistida. Isso está sendo encaminhado pela Secretaria em parceria com o Ibama”, declarou a secretária.
Num primeiro momento, as ações irão beneficiar o setor pesqueiro que constitui a base de sobrevivência de parte das populações ribeirinhas do Paraíba do Sul.
Feema investiga se vazamento foi maior do que anunciado
Técnicos da Fundação estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) estimam que o vazamento possa ser dez vezes maior do que o relatado pela empresa suspeita de ter derramado o produto. A empresa investigada pelo crime afirmou que 1,5 mil litros do inseticida Endosulfan teriam vazado no descarregamento do produto. Ela foi interditada após o acidente.
Na vistoria realizada na sede da companhia, em Resende, no Sul Fluminense, os técnicos da Feema descobriram que a capacidade do caminhão de onde vazou o Endosulfan era de 30 mil litros. No entanto, somente 12 mil litros, ainda assim misturados à água da chuva, foram recolhidos do dique de contenção da empresa.
Orientados pelos técnicos, os municípios atingidos têm suspendido temporariamente a captação de água, por medida de precaução até que a contaminação se reduza a um nível aceitável. Além disso, os técnicos também alertam para que não sejam consumidos os peixes mortos.
(Com informações do RJTV ,
G1, 27/11/2008)