O custo global do carvão foi, em 2007, de 360 bilhões de euros, levando-se em conta os danos causados pelo combustível fóssil ao meio ambiente e à saúde pública, além de acidentes em minas. É o que revela o novo relatório do Greenpeace, O Verdadeiro Custo do Carvão, lançado nesta quinta-feira (27/11), em conjunto com o instituto independente holandês CE Delft.
O relatório foi lançado no mesmo momento em que ministro da indústria de pelo menos 20 grandes emissores de CO2 se reúnem em Varsóvia com as empresas mais poluidoras do mundo.
Clique aqui para ler o relatório (arquivo pdf para download, texto em inglês).
"A expansão incessante da indústria de carvão é uma grande ameaça aos planos de combate às mudanças climáticas. Carvão é combustível fóssil mais poluente que temos, responsável por um terço de todas as emissões de CO2 do planeta", afirmou Joris Thijssen, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Internacional, durante o lançamento do relatório. "Deixar de lado o carvão não beneficia apenas o clima, mas também reduz outros impactos que têm de ser pagos por todos."
Momentos antes do lançamento do relatório, ativistas do Greenpeace despejaram carvão na porta do hotel onde se realiza a reunião entre representantes da indústria e dos governos, exigindo apoio dos presentes a cortes nas emissões de gases do efeito estufa, e menos proteção à indústria do carvão.
Os impactos do carvão não estão apenas relacionados às mudanças climáticas. O carvão também polui as fontes de água e o ar, e causa doenças respiratórias. O relatório traz histórias coletadas em 12 países que descrevem, por exemplo, como os direitos humanos são violados na Colômbia por conta da mineração de carvão, como picos de montanhas são destruídos nos Estados Unidos e como o carvão provoca a poluição do ar na China.
(Greenpeace, 27/11/2008)