Em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre/DMLU, o Palácio Piratini começou a implantar nesta quinta-feira (27) um processo de auto-sustentabilidade ao realizar o curso Chega de Lixo - Trilhando os Caminhos da Preservação. O objetivo do encontro, que se encerra nesta sexta-feira (28), é conscientizar e treinar servidores e terceirizados para a importância da coleta seletiva do lixo. "Não reciclar um papel significa cortar uma árvore. O lixo é questão mundial", destacou o subchefe da Casa Civil, Gilberto Grindi.

Em palestra no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, a coordenadora do Serviço de Assessoria Socioambiental do DMLU, Gisane Gomes, apresentou dados sobre a questão do lixo em Porto Alegre. A cidade produz 1,6 mil tonelada de lixo por dia (enche um estádio de futebol), das quais 900 toneladas são lixo domiciliar - dos quais cerca de 30% são recicláveis. Na recepção deste lixo diário há um aterro sanitário, em Minas do Leão, 15 unidades de triagem (Porto Alegre), 47 postos de entrega de óleo de fritura e uma unidade de triagem de compostagem (adubo).

Conforme Gisane, cada litro de óleo de fritura contamina 1 milhão de litros de água. Já o papel, se entrar em contato com a gordura, não pode mais ser reciclado. O Banrisul, lembrou ela, lançou o projeto Coletor de Pilhas para o recolhimento encaminhamento do material sem riscos ao ambiente. Sobre algumas características de Porto Alegre, a cidade, disse Gisane, tem 1,326 milhão de habitantes, segundo a última contagem do IBGE, uma árvore pública (ruas, parques e praças) por habitante, 100% dos bairros com coleta seletiva e não tem lixão (aterro sanitário).

De acordo com o subchefe administrativo da Casa Civil, o propósito da iniciativa é dar o exemplo. "O Palácio Piratini, por ser a sede do Governo do Estado, precisa ser modelo e estimular as demais áreas a adotarem medidas de preservação", assinalou. A próxima etapa será, segundo Grisi, a aquisição de recipientes adequados para a coleta seletiva de todo o tipo de lixo produzido no Piratini (orgânico, papel, pilhas, óleo de cozinha). O material será doado para as unidades de triagem na Capital, cuja renda sustenta 900 famílias em Porto Alegre.

(Governo do Estado, 27/11/2008)