O presidente do Senado, Garibaldi Alves, lembrou, na manhã desta quarta-feira (26/11), que o mundo enfrenta uma grave crise econômica, mas observou que o Brasil não deve encolher-se diante desse desafio, e sim preparar-se para, quando o horizonte clarear, aproveitar a nova fase de bonança. Ele pediu que o Legislativo aprofunde o debate sobre o que fazer para melhorar a infra-estrutura e o planejamento do país.
Garibaldi fez essas recomendações ao participar da abertura do simpósio Desafios para um País Emergente: Infra-Estrutura e Logística no Brasil, realizado pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado. Ele lembrou que a preocupação com marcos regulatórios que propiciem um ambiente econômico saudável para o crescimento do país sempre esteve presente no Senado.
- O mundo está enfrentando uma séria crise econômica, o que significa que devemos aprofundar mais do que nunca essa discussão. Diante da crise, não podemos nos encolher, mas temos que procurar enfrentá-la, pensando no que podemos fazer, no que devemos fazer agora, porque, quando o horizonte econômico novamente clarear, será possível aproveitar melhor a nova fase de bonança que inevitavelmente seguir-se-á ao momento atual.
Chinaglia
Também presente ao simpósio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, disse que um dos entraves ao crescimento nacional está exatamente na carência de infra-estrutura, decorrente de poucos investimentos feitos nas últimas décadas, circunstância que foi determinante para o quadro hoje enfrentado pelo país.
Chinaglia observou, contudo, que atualmente o setor de energia vem avançando. Ele deu como exemplo as descobertas feitas pela Petrobras na camada pré-sal, dizendo que isso abriu novos horizontes para o país. Também afirmou que, com a queda do preço do barril, os estudos referentes ao pré-sal já estão sendo refeitos para compatibilizar os investimentos com o retorno do dinheiro aplicado. E anunciou:
- Mas o fato é que o Brasil poderá transformar-se, nos próximos dez anos, num país exportador de petróleo.
(Por Teresa Cardoso, Agência Senado, 26/11/2008)