Até sexta, presidente pode visitar as áreas afetadas em Santa CatarinaDepois de mobilizar sete ministros para socorrer as vítimas das enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda a possibilidade de visitar Florianópolis até sexta-feira.
Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT), Lula deve assinar no começo da noite desta quarta-feira medida provisória liberando recursos à Defesa Civil. Conforme a Agência Brasil, a estimativa é de que sejam liberados R$ 700 milhões para Santa Catarina e outros Estados atingidos pelas enchentes.
Preocupado com o número de mortos e desabrigados, o Planalto começou a organizar a operação na segunda-feira. Enquanto Lula se preparava para a reunião ministerial em uma sala reservada da Granja do Torto, o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, detalhou o drama em Santa Catarina e pediu liberação do encontro para voltar ao Estado. Impressionado, Lula ordenou ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que também partisse.
O ministro deixou a reunião mais cedo com a missão de fazer a primeira avaliação da tragédia junto ao governador Luiz Henrique. Por volta das 17h, decolou no avião da Força Aérea Brasileira. Geddel já estava na Casa D’Agronômica quando o celular tocou. Eram 21h e, do outro lado da linha, Lula o interrogou por 20 minutos.
– O presidente está muito comovido. Talvez por ter uma filha (Lurian Cordeiro Lula da Silva) morando aqui em Florianópolis – relatou Geddel aos integrantes do governo estadual.
“Imagem de devastação é assustadora”, relata Geddel
Ontem, Alfredo Nascimento (Transportes) e o general Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional) se juntaram ao grupo de ministros e secretários para sobrevoar as áreas alagadas. Por telefone, a bordo do helicóptero, Geddel resumiu a Lula:
– A imagem de devastação é assustadora.
Os ministros Nelson Jobim (Defesa), Marcio Fortes (Cidades) e José Temporão (Saúde) devem chegar hoje ao Estado. Uma das preocupações de Lula é com as áreas alagadas, onde o fornecimento de água potável foi suspenso.
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Zero Hora, 26/11/2008)