Um tsunami pode ter arrasado a ilha de Manhattan, nos Estados Unidos, há 2.300 anos, depois que um grande meteorito atingiu o Atlântico, perto do litoral nova-iorquino, e provocou uma onda de 20 metros de altura, segundo a imprensa local.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard, liderada por Katherine Cagen, assegurou à rede de televisão "Discovery Channel" ter encontrado vestígios de um asteróide nas profundezas do rio Hudson, que separa Nova Jersey e Nova York.
Segundo a notícia, repercutida na terça-feira (25) pela imprensa local, o suposto asteróide, do qual ainda não foi encontrada a cratera, teria eliminado com os mamutes que habitavam a região.
O "Discovery" disponibilizou em seu site uma animação de acordo com os princípios desta teoria na qual é possível comprovar o efeito sobre Nova York de uma onda gigante que supostamente chegou a entrar até 50 quilômetros pelo rio Hudson.
Os pesquisadores, entre os quais há membros da Universidade de Colúmbia em Nova York, dizem ter recolhido restos do asteróide que foram arrastados até o território continental e que continham pequenas esferas de carbono.
Dentro delas foram descobertos nano-diamantes, algo que até o momento sempre se vinculou a asteróides.
No entanto, as conclusões desta investigação ainda são muito discutidas, segundo o "Discovery", que cita as declarações de Steven Ward, da Universidade da Califórnia.
Segundo ele, para que uma onda de 2,5 metros avançasse por tanta distância pelo Hudson, sobre Manhattan, teria que ter impactado uma onda de 20 metros, que teria penetrado centenas de metros em algumas zonas de Long Island e deixado evidências.
Cagen acredita que os vestígios encontrados pela equipe permitem aventurar que "houve algo mais que salpicãos em Manhattan (o território onde se assenta hoje), a cidade pode ter sido devastada", mas reconhece que ainda é necessário encontrar a cratera criada pelo meteorito.
"Estamos fazendo a controversa afirmação não só que um tsunami impactou sobre a área metropolitana de Nova York há 2.300 anos, mas foi causado pelo impacto de um asteróide do qual não pudemos encontrar a cratera", reconheceu a científica.
(Yahoo!, AmbienteBrasil, 26/11/2008)