A Sulgas ampliou ontem o corte no fornecimento de gás natural para alguns clientes comerciais, além das 87 indústrias e 59 postos de GNV que já estavam sem o combustível desde segunda-feira (24/11). A suspensão atingiu uma co-geradora, dois clubes e uma academia em Canoas. Assim, os 15 mil metros cúbicos que restavam na rede na manhã de ontem são priorizados para seis hospitais (Clínicas, São Lucas da PUCRS, Ernesto Dornelles, Mãe de Deus, Moinhos de Vento e Hospital Geral de Caxias do Sul) e os 331 consumidores residenciais.
A previsão de conserto do duto que rompeu na madrugada de segunda-feira em Gaspar (SC) é de uma a três semanas, disse ontem o diretor executivo da Sulgás, Antônio Goidanich.
A Sulgas orienta aos clientes de bicombustível (óleo diesel ou GLP) que façam a troca. A empresa estuda a possibilidade de comprar gás natural comprimido (GNC) para fornecer aos clientes residenciais e comerciais que não têm outra opção. O diretor técnico-comercial da Sulgás, Flávio Soares, disse que o GNC, transportado por carretas, deverá vir do Paraná ou de Santa Catarina.
Desde as 17h de segunda-feira, o Hospital de Clínicas usa óleo diesel para gerar o vapor usado na esterilização de materiais, aquecimento de água e lavanderia. O chefe do Serviço de Engenharia, Fernando Martins Pereira da Silva, disse que o hospital consome, em média, 3,5 mil metros cúbicos de gás/dia ao custo mensal de R$ 130 mil. Com o diesel, são necessários 3,7 mil a 4 mil litros/dia, com custo de R$ 80 mil para 10 dias. O São Lucas ainda operava com gás natural até o final da manhã. Já os hospitais Moinhos de Vento e Mãe de Deus usavam diesel.
(Correio do Povo, 26/11/2008)