A imagem de Nova York toda iluminada à noite é um dos cartões postais mais conhecidos da cidade. No entanto, nos últimos anos o crescente custo com energia elétrica e a preocupação com o meio ambiente estão mudando aos poucos esta paisagem. “Os edifícios altos com andares inteiros iluminados durante toda a noite são coisas do passado”, diz Randy Sabedra, designer de iluminação.
Mas os avançados sistemas de iluminação ainda têm custos altos. Por isso, os primeiros a implementar as novidades são os prédios novos ou escritórios reformados. A maioria utiliza sensores de movimento, que apagam as luzes quando o ambiente está vazio. Outros adquirem softwares que controlam e desligam a eletricidade por timer (programação de tempo).
De acordo com o arquiteto Guy Geier, “a tendência é que o valor do investimento diminua”. Ele acredita que em dez anos existam até incentivos. Hoje, em alguns casos, leva apenas dois anos para a recuperação do montante inicial.
Designers e arquitetos que já implantaram as tecnologias mais modernas em alguns edifícios de Nova York comparam o resultado com construções mais antigas. “O World Trade Center tinha até 40 andares totalmente iluminados para se destacar. Percebemos que hoje não existe mais o chamado efeito farol. A presença destacada do prédio não se baseia na iluminação de andares inteiros, mas na coroa de luz, no topo do edifício”, explica Sabedra, analisando uma tendência.
No Promanade, no Brooklyn, onde se tem uma vista geral da cidade, a alteração na paisagem noturna já é realidade. “As pessoas estão economizando energia. Mas o horizonte de NY sempre será uma coisa mágica. É maravilhosa a transformação da cidade quando anoitece”, diz Sabedra.
(Por Ken Belson, New York Times, G1, 25/11/2008)