Os principais produtores europeus de electricidade geraram 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) em 2007, mais três por cento que em 2006, indica um estudo divulgado hoje. O aumento deveu-se a um crescimento da produção e a um maior recurso a combustíveis fósseis, de acordo com o estudo, realizado pela empresa de consultadoria PriceWaterhouseCoopers (PWC).
Os três grupos produtores de electricidade que mais aumentaram as emissões de CO2 em 2007 foram o grupo CEZ, da República Checa, com um aumento de 29 por cento e os EON e RWE, da Alemanha, com aumentos de dez e três por cento, respectivamente, indica.
Apesar das declarações políticas e das campanhas de promoção das energias alternativas aos combustíveis fósseis, ao aumento do consumo de energia juntou-se, de acordo com o estudo, uma alteração da "mistura energética" em que os grupos produtores de electricidade reduziram o recurso ao nuclear e às energias renováveis, e aumentaram a utilização dos tradicionais carvão, gás e petróleo.
Os principais emissores de CO2 na Europa em 2007 foram o grupo alemão RWE, com 147 milhões de toneladas, o francês EDF, com 94 milhões de toneladas, o grupo EON, também da Alemanha, com 87 milhões de toneladas, o sueco Vattenfall, com 74 milhões de toneladas, e o grupo espanhol Endesa, com 64 milhões de toneladas.
De acordo com a PWC, a média europeia de emissões de CO2 na produção de electricidade em 2007 foi de 373 quilogramas do gás com efeito de estufa por cada megawatt de electricidade produzida, contra 367 quilogramas por megawatt em 2006.
Em Fevereiro de 2007, a União Europeia - que gera 14 por cento da emissões mundiais de gases com efeito de estufa - estabeleceu como objectivo a redução das emissões em 20 por cento até 2020.
(Lusa, Publico, 25/11/2008)