Nesta segunda-feira, 24/11, às 9h, ocorreu a sessão inaugural do Fórum de Águas das Américas. Assim como na abertura, ontem, muitas referências nacionais e internacionais compuseram a mesa para um público de 37 países, o qual é formado por políticos, representantes da sociedade civil organizada, governos, academia e setores usuários da água. O Fórum visa a diagnosticar a situação da política e da gestão de água no continente e traçar propostas de políticas que façam frente aos desafios globais atuais, em particular o das mudanças climáticas.
Em seu discurso, o ministro do Meio Ambiente da Turquia, Veysel Eroglu, traçou um panorama da situação da água em seu país e no restante do mundo neste início de século XXI. Em março de 2009, a cidade turca de Istambul sediará o Fórum Mundial da Água.
Segundo o presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, cada cidadão do mundo tem a necessidade de uma mínima alocação de água. “O acesso à água é uma missão pública, que conta com a participação desde municípios até Estados”, ressalta Fauchon.
Em seguida, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, propôs que o Fórum de Águas das Américas se tornasse rotineiro para que o continente se prepare sempre para o Fórum Mundial da Água. Além disso, o dirigente tratou da importância da gestão da água no continente americano. “Temos que fortalecer, em nossos países, os órgãos gestores de recursos hídricos, qualificando-os. Temos que colocar o tema dos recursos hídricos no centro das agendas dos nossos países”, conclui Machado.
Representando os governadores brasileiros, o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que “equilíbrio” é a palavra-chave deste início de terceiro milênio. “Devemos buscar o ponto de equilíbrio entre desenvolvimento, inclusão social e preservação do meio ambiente para que possamos assegurar a sobrevivência do planeta”, afirma. Segundo a mesma linha de raciocínio de Machado e Wagner, o diretor da Associação Nacional de Empresas de Água e Saneamento do México, David Cornfeld, destacou que o tema da água é um dos mais importantes para o desenvolvimento dos países. “O tema da água não deve ser de moda, mas de vida, como prioridade na agenda política para que cada vez mais pessoas tenham acesso à água”, enfatiza o representante da América do Norte.
Como representante da América do Sul, o senador Leomar Quintanilha – que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado brasileiro – elogiou os avanços brasileiros na gestão dos recursos hídricos. O parlamentar ainda citou que o trabalho da ANA para garantir o uso múltiplo das águas tem tido uma orientação correta.
Para a prefeita nicaragüense de San Carlos, Marisol McRea, representante da América Central, os tomadores de decisão pan-americanos devem trabalhar para melhorar a qualidade de vida do continente, por meio da preservação hídrica.
Fórum Mundial da ÁguaO evento acontece a cada três anos e tem como objetivos principais: aumentar a importância da água na agenda política, apoiar o aprofundamento de discussões acerca da solução das questões de recursos hídricos no século XXI e formular propostas concretas, chamando a atenção mundial para o tema da água.
(Por Raylton Alves,
Ascom ANA, 24/11/2008)