Explosão provocou o interrupção do abastecimento de gás natural no Rio Grande do Sul
A explosão em um duto do gasoduto Brasil-Bolívia em Gaspar (SC) na madrugada de ontem (24/11) provocou o interrupção do abastecimento de gás natural no Rio Grande do Sul. Saiba o impacto deste acidente na sua vida.
Como a falta de gás afeta os gaúchos?
De forma variada. Nas indústrias, há desde casos de relativa tranqüilidade, como o da unidade de insumos básicos da Braskem (antiga Copesul), até situações que precisam de adaptações provocadas pelo desabastecimento, como a Fras-le, de Caxias do Sul.
Qual a expectativa de solução?
Não há estimativa de prazo para solucionar o problema, conforme a Sulgás. Embora o serviço seja rápido, a maior dificuldade é o acesso ao local do acidente. É preciso que o tempo melhore para fazer o conserto.
E nos postos, ainda há gás?
Na manhã de ontem, muitos postos de combustível já interromperam as vendas de gás natural veicular (GNV), muito usado pela frota de táxis de Porto Alegre e cidades vizinhas. A previsão da Sulgás era de que ontem à noite já não houvesse GNV disponível em nenhum posto. Na Capital, o abastecimento é por dutos, isto é, não há estoques. Isso só ocorre em cidades como Osório, abastecida com GNV comprimido, em tubos.
Como ficam os carros que usam GNV, como os táxis?
Esses veículos são, no mínimo, bicombustível. Quando ocorre a adaptação, explica o presidente do Sintáxi, Luiz Nozari, mantêm o equipamento original. A maior conseqüência, segundo Nozari, é o aumento do custo com o uso de outras alternativas.
Qual é a melhor alternativa?
Conforme Nozari, é o álcool. É o valor mais aproximado, embora a quilometragem rodada com um metro cúbico de gás seja superior à com um litro de etanol. A estimativa é de que o custo do abastecimento com álcool represente o dobro do valor do GNV, considerada a combinação preço e rendimento.
Há risco de alta da tarifa dos táxis?
Embora alguns taxistas estejam pedindo adoção da bandeira 2, enquanto durar a interrupção, Nozari acredita que a perspectiva de solução rápida para a interrupção do abastecimento não justifica a medida, pelo menos até o final da semana.
(Clicrbs, 25/11/2008)