Ativistas do Greenpeace protestaram hoje diante dos edifícios das instituições da União Européia (UE) para pedir que aumentem os requisitos necessários para a aprovação das novas variedades de transgênicos. O protesto coincide com a reunião de hoje de um grupo de especialistas dos países-membros da UE que estão estudando uma reforma do sistema de autorização de transgênicos. Os representantes do Greenpeace penduraram de um edifício um cartaz gigante de uma planta de milho supostamente transgênica e com as palavras "Contenham os Transgênicos".
Os especialistas da UE apresentarão recomendações ao Conselho de ministros de Meio ambiente, que votará em 4 de dezembro conclusões sobre uma revisão do procedimento atual para a aprovação desses tipos de alimentos nos países comunitários. "As autoridades comunitárias ignoram os perigos graves e imprevisíveis que tem os cultivos transgênicos. O Greenpeace pede aos ministros de Meio ambiente que reformem o sistema viciado de aprovação que há na UE", informou o diretor de políticas sobre transgênicos do Greenpeace, Marco Contiero.
Fora isso, a organização ambientalista acusa a Comissão Européia (CE, órgão executivo da UE) e seu presidente, José Manuel Durão Barroso, de "bloquear" as remodelações nos trâmites para a autorização de transgênicos. Segundo Contiero, "o processo atual de avaliação de riscos transgride as leis da UE porque não qualifica as conseqüências dos transgênicos a longo prazo no meio ambiente".
A organização ambientalista reivindicou que sejam mais rígidas as avaliações sobre os transgênicos e que, enquanto isso, "sejam interrompidas todas as autorizações de produtos transgênicos". Os ecologistas do Greenpeace pedem também que os países possam ter o direito de declarar zonas "livres de transgênicos" e que se retirem do mercado algumas variedades de milho.
(Efe, G1, 24/11/2008)