Nesta segunda-feira, vereadores da Capital voltaram a comentar o projeto Pontal do Estaleiro.
Neuza Canabarro (PDT) apresentou sua defesa à representação contra ela por supostamente ter cometido infração ética no exercício do mandato. A vereadora informou que protocolou na manhã desta segunda-feira (24/11) pedido de indeferimento da representação. Segundo Neuza, a denúncia contra ela é improcedente porque não tem fato típico que a sustente. "As declarações que fiz sobre a votação do Pontal do Estaleiro foram a uma emissora de rádio. Não configuram infração ética porque não foram ditas durante as sessões da Câmara. Além disso, a Constituição garante ao vereador a inviolabilidade de suas opiniões."
Margarete Moraes (PT) elogiou a postura do ex-ministro da Justiça do governo FHC, Miguel Reali Júnior, que se manifestou contrário à aprovação do projeto do Pontal do Estaleiro. A vereadora também voltou a pedir, em nome da bancada, que o prefeito José Fogaça vete o projeto do Pontal. Margarete ainda se solidarizou com Neuza Canabarro (PDT), alvo de representação por suposta infração à ética parlamentar. "Não houve nenhuma palavra de Neuza em desabono a qualquer vereador."
Carlos Todeschini (PT) voltou a falar do projeto Pontal do Estaleiro. Segundo ele, os fatos posteriores à votação dão razão à bancada do PT. “Achávamos e continuamos achando que a votação foi apressada, e agora os fatos nos dão razão”. Todeschini comentou que a atitude do prefeito, que sinaliza vetar a proposta, corrobora a opinião dos petistas. “Esse projeto enseja alterações profundas no Plano Diretor da Capital”. O vereador defendeu que a discussão sobre o tema deveria prever todos os rituais e observâncias de um projeto dessa magnitude.
(Por Marco Aurélio Marocco e Regina Andrade, Ascom CMPA, 24/11/2008)