Mais de um terço das terras da China está sendo afetada pela erosão que deixa lavouras e o suprimento de água em risco, segundo uma pesquisa feita no país ao longo de três anos. O solo está sendo desgastado não somente nas remotas áreas rurais, mas perto de minas, fábricas e até em cidades, informou a agência Xinhua, citando uma pesquisa da equipe de segurança bio-ambiental.
A cada ano, um volume de cerca de 4,5 bilhões de toneladas de solo é perdido, o que ameaça a habilidade do país de alimentar seus próprios cidadãos. Se as perdas continuarem a ocorrer neste ritmo, as colheitas do nordeste podem cair 40 por cento em 50 anos, aumentando os custos da erosão, estimados em 200 bilhões de iuanes (29 bilhões de dólares) somente nesta década.
"A China tem uma situação mais preocupante que a Índia, o Japão, os Estados Unidos, a Austrália e muitos outros países que sofrem com a erosão do solo", disse a Xinhua, citando a equipe da pesquisa. Pequim está preocupada há tempos com a desertificação dos seus pastos no norte e tenta combater a erosão também responsável por enormes enchentes ao longo de Yangtze no fim dos anos 1990.
Mas cerca de 1,6 milhões de quilômetros quadrados de terra ainda estão sendo degradados pela erosão --quase todas as bacias dos rios estão afetadas. Outros 2 milhões de quilômetros quadrados estão sendo erodidos pelos ventos, segundo o relatório. A pesquisa foi a maior já feita sobre conservação do solo desde que o partido comunista assumiu o controle da China, em 1949.
(Por Emma Graham-Harrison, Reuters, 21/11/2008)