A Comissão Europeia adoptou na quinta-feira uma comunicação intitulada "A União Europeia e a Região do Árctico", na qual são destacados os efeitos das alterações climáticas e das actividades humanas na região do Árctico. Para além de definir os objectivos estratégicos da União Europeia no que diz respeito à sua política marinha integrada, o documento propõe uma resposta sistemática e coordenada aos desafios que se colocam àquela região.
Benita Ferrero-Waldner, comissária responsável pelas Relações Externas e a Política Europeia de Vizinhança, esclarece que a evolução da situação «vulnerável» do Ártico «terá repercussões significativas na vida dos europeus durante muitas gerações».
Com efeito, «não podemos permanecer impassíveis perante as alarmantes alterações climáticas que afectam o Árctico», acrescenta Joe Borg, comissário responsável pelos Assuntos Marítimos e as Pescas. Por outro lado, «a conjugação das mudanças climáticas com a recente evolução tecnológica abre novas oportunidades, embora acarrete também novos desafios».
Assim, a comunicação define três objectivos estratégicos, que passam pela protecção e preservação daquela região, bem como da sua população; promoção e utilização sustentável dos recursos; e contribuição para uma melhor governação multicultural do Ártico.
As medidas propostas pela Comissão para a concretização desses objectivos são, segundo a informação disponibilizada no seu site institucional, a criação de novas infra-estruturas no domínio da investigação; rastreio e monitorização de produtos químicos; intensificação da colaboração no que respeita à prevenção, preparação e capacidade de resposta a catástrofes; extensão ao Árctico do quadro regulamentar vigente em matéria de pesca; atribuição de maior importância na agenda internacional às questões relativas ao Árctico e reforço do contributo da CE para os trabalhos do Conselho do Árctico mediante a aquisição do estatuto de observador permanente.
(Ambiente Online, 21/11/2008)